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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Ministra indefere pedido de reconsideração de Paulo Taques e advogado é mantido preso

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Ministra indefere pedido de reconsideração de Paulo Taques e advogado é mantido preso
A ministra Maria Thereza de Assis Moura indeferiu pedido de reconsideração pleiteado em Habeas Corpus pelo advogado Paulo Cesar Zamar Taques, preso no Centro de Custódia da Capital (CCC),  desde o dia 9 de maio, após a deflagração da operação Bônus. 

Na decisão monocrática com data de 19 de junho, a ministra cita que "quanto ao argumento da defesa de que o investigado não integra a organização criminosa; que não existem provas da existência do crime, tampouco indícios de autoria, são elementos de defesa de mérito, as quais poderão ser oportunamente debatidas na instrução. 

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Aduz ainda que neste momento, não há prova robusta que contrariem estes indícios aferidos durante as investigações e confirmadas pelo conjunto probante material, inclusive nada foi trazido aos autos para desmerecer o conteúdo da colaboração premiada. Ao contrário, o que se depreende, no momento, é a necessidade de coibir a continuidade delitiva, a influência sobre as questões relativas ao recebimento e pagamento de propina, as transações obscuras e ilícitas de lavagem de dinheiro e ações camufladas pela engendrada organização".

Da mesma forma, por mais que a defesa se esforce em mostrar o contrário, não há elementos probantes suficientes nos autos a descreditar as evidencias do envolvimento do investigado na organização que se estruturou para o recebimento de propina e fraudes financeiras. Os depoimentos de outros investigados, por ora, não pesam suficientes em seu favor".

Acusações:

Além do ex-chefe da Casa Civil, também foram detidos seu irmão, Pedro Zamar Taques, o deputado estadual Mauro Savi (DEM) e os empresários Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos e José Kobori, em Brasília (DF).

A 'Operação Bônus' é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.

A ‘Bereré’, por sua vez, é o desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.
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