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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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​CHAMOU DE ‘LARANJA’

Em agenda com Bolsonaro, Selma falta audiência e se nega a fazer retratação a Sebastião Carlos

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Em agenda com Bolsonaro, Selma falta audiência e se nega a fazer retratação a Sebastião Carlos
A senadora eleita Selma Arruda (PSL) não compareceu à audiência de conciliação com o ex-candidato ao Senado Sebastião Carlos (Rede), agendada para esta quarta-feira (12), alegando que teria ido à Brasília, a convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). A defesa da juíza aposentada teria afirmado que ela não tem interesse em fazer qualquer acordo com Sebastião.
 
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Estava agendada para esta quarta-feira (12) a audiência de conciliação entre a juíza aposentada Selma Arruda e o ex-candidato ao Senado Sebastião Carlos, em decorrência de declarações feitas pela senadora eleita contra Sebastião. O ex-candidato é o autor da ação de investigação por suposto abuso de poder econômico e suspeita de ‘caixa 2’ na campanha da senadora.

“A audiência no Juizado Criminal de Cuiabá era referente a um processo ajuizado por Sebastião, uma queixa crime movida contra a senadora eleita Selma Arruda, porque na época que nós ajuizamos a ação de investigação eleitoral ela o acusou diversas vezes de ser laranja e participar de quadrilha, diante destas palavras que são criminosas, de calúnia e difamação, nós ajuizamos a queixa”, explicou o advogado de Sebastião, André Albuquerque.

Selma, no entanto, não compareceu à audiência, mas enviou seu advogado, justificando que teria um compromisso em Brasília, a convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). A defesa de Sebastião ainda teria questionado o advogado de Selma se ela manifesta interesse em se retratar, fazer acordo ou se desculpar pelas declarações feitas contra o ex-candidato, mas a defesa da senadora afirmou que não.
 
Suposto ‘caixa 2’
 
Documentos aos quais o Olhar Direto teve acesso com exclusividade revelam que a candidata emitiu uma série de cheques de sua conta corrente, todos compensados, para quitar despesas com a Genius Produções Cinematográficas, com quem Selma rompeu contrato no mês passado. Os pagamentos não constam da prestação de contas da magistrada à Justiça Eleitoral.
 
Conforme divulgado por toda a mídia local neste sábado (29), o publicitário Júnior Brasa, dono da Genius e responsável pelo marketing da campanha de Selma Arruda até meados de agosto, entrou na Justiça para receber cerca de R$ 1,2 milhão referentes a multa pelo rompimento do contrato firmado no início de abril.
 
Com base na ação monitória proposta por Júnior Brasa, uma denúncia foi oferecida ao Ministério Público Eleitoral, com cópias dos cheques pessoais utilizados por Selma, além do contrato firmado entre ela e a Genius e e-mails trocados com o publicitário, que comprovam a relação entre a juíza aposentada e a agência fora do período que é permitido pela legislação eleitoral.
 
Conforme o contrato incluso na ação monitória, 52 profissionais seriam escalados para atuar especificamente na campanha de Selma. Os trabalhos referidos no contrato, no valor global de R$ 982 mil, seriam prestados nos meses de agosto e setembro. Os valores pagos anteriormente, conforme o documento, estão prescritos como “pré-campanha” e não seriam levados em consideração para a quitação dos serviços.
 
O contrato entre Selma e a Genius deveria ser encerrado em 06 de outubro, no entanto, alegando “dificuldades orçamentárias”, a juíza aposentada optou pelo fim da prestação de serviço. Nos bastidores, a informação é de que o rompimento teria sido motivado por uma “briga” entre Junior Brasa e o atual marqueteiro da candidata, o jornalista Kleber Lima.
 
Quatro cheques da pessoa física de Selma Arruda, sem declaração, foram assinados e pagos ao ex-marqueteiro de campanha durante o período vedado de propaganda eleitoral, ou seja, antes da convenção partidária realizada no dia 04 de agosto.
 
A ação de investigação eleitoral foi movida pela defesa do candidato que disputou vaga no Senado, Sebastião Carlos (Rede), patrocinada pelo advogado André Albuquerque, e proposta no último mês de setembro.
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