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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​A MANDO DA ESPOSA

TJ nega pedido de cabo Hércules para anulação de julgamento por homicídio de servidor

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

TJ nega pedido de cabo Hércules para anulação de julgamento por homicídio de servidor
A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou um pedido do ex-cabo da Polícia Militar, Hércules Araújo, para que fosse anulado um julgamento, ou que sua pena fosse reduzida, sobre o assassinato do ex-servidor do Estado, José Gervásio da Silva Júnior, o “Juquinha”, a mando de sua esposa Francisca Benta de Campos Silva e do amante dela, Claudecir da Silva Aires, o Chi. A defesa alegou que a decisão do Tribunal do Júri contraria as provas dos autos.
 
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As defesas de Hércules Araújo e Francisca de Campos entraram com uma apelação buscando a reforma da decisão proferida pelo Conselho de Sentença que condenou Francisca à pena de 15 anos e seis meses de reclusão em regime fechado e Hércules a pena de 17 anos pelo homicídio qualificado de Juquinha.
 
Os advogados de Francisca sustentaram que a condenação foi baseada na relação extraconjugal que ela mantinha com Chi (também assassinado), que seria o mandante do crime. Eles alegam que as testemunhas ouvidas durante a fase judicial afirmaram não ter certeza da participação da viúva no crime e que decisão dos jurados contraria as provas dos autos.
 
A defesa de Hércules pediu a anulação do julgamento, também sustentando que a decisão do júri contraria as provas, e subsidiariamente pugnou pela redução da pena, porque teria sido elevada desproporcionalmente e sem fundamentação idônea.
 
O crime ocorreu no ano de 1999. Francisca e Chi mantinham uma relação extraconjugal, como a ré admitiu, e o desembargador Orlando Perri, relator do caso, entendeu, de acordo com as provas, que Francisca teria pedido a Chi para que Juquinha fosse assassinado.
 
Chi teria procurado seu tio e por intermédio dele teve contato com Hércules Araújo, que teria executado Juquinha. Francisca teria repassado uma quantia de R$ 8 reais aos criminosos, o que ela admitiu, mas negou que foi para pagar pelo crime.
Francisca então teria sido extorquida pelo comparsa de Hércules e Chi não gostou disso. O amante teria ameaçado contar que foi o executor do crime e depois disso foi assassinado.
 
O desembargador Orlando Perri entendeu que há provas suficientes para manter a condenação de Francisca e Hércules. “Analisei a pena aplicada ao cabo Hércules, não há nenhum retoque a ser feito, de modo que estou negando provimento a ambos os recursos”, disse.
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