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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Após duas fugas

Ex-pistoleiro de Arcanjo, 'Cabo Hércules' é transferido para presídio federal

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Ex-pistoleiro de Arcanjo, 'Cabo Hércules' é transferido para presídio federal
Hércules de Araújo Agostinho, conhecido como Cabo Hércules e apontado como o ex-pistoleiro de João Arcanjo Ribeiro, foi transferido para um presídio federal, na tarde da última segunda-feira (06). O pedido havia sido feito pelo próprio governo, após o detento tentar fugir duas vezes da Penitenciária Central do Estado (PCE).

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A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), responsável pelo pedido de transferência, confirmou ao Olhar Jurídico que o ‘Cabo Hércules’ foi encaminhado para a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
 
A transferência aconteceu na tarde de ontem e contou com um esquema especial de segurança. Entre os temores da pasta, está a possibilidade de que o detento tentasse novas fugas e também o temor de que ele coordenasse motins e rebeliões. Vale lembrar que o cabo é ex-policial militar e tem conhecimento tático e experiência com armamento.
 
Hércules já ficou preso durante dois anos na Penitenciária Federal de Mossoró. Porém, foi recambiado para a Penitenciária Central do Estado (PCE), após o pedido de permanência dele no Rio Grande do Norte ser negado pela Justiça Federal daquele Estado.
 
O cabo teve um plano de fuga frustrado pelos agentes da Penitenciária Central do Estado (PCE) em fevereiro deste ano. Durante vistoria, constatou-se que algumas barras de sua cela estavam serradas. Ele se alterou e teve de ser contido à força.
 
Foram encontradas partes da grade de entrada da cela e o solário com algumas barras serradas. Durante a vistoria, o preso se alterou, partindo para cima dos agentes penitenciários e fez ameaças, sendo necessário uso progressivo da força para contê-lo.
 
Menos de 20 dias depois, os agentes frustraram outra tentativa de fuga. O esquema foi descoberto durante ação de fiscalização na unidade prisional.
 
Breve histórico
 
Hércules foi condenado, entre outros crimes, por ser o executor do empresário Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, proprietário do Jornal Folha do Estado, morto a tiros em 2002, a mando de João Arcanjo Ribeiro. Ele foi julgado e condenado em 2010.
 
Entre os indícios que levaram à condenação de Hércules estão três confissões semelhantes feitas pelo réu e a reconstituição espontânea também por ele realizada algum tempo após ser preso. Na reconstituição, o ex-cabo mostrou entre outras provas, como empreendeu fuga após cometer os homicídios e onde recebeu o dinheiro pago pelas mortes. As testemunhas arroladas na época confirmaram os mesmos fatos reconstituídos por Hércules.
 
Apesar das confissões e da reconstituição, durante o interrogatório, Hércules negou ser o autor dos homicídios e afirmou que só confessou os crimes quando foi preso, em 2003, obrigado pelos delegados que presidiram o inquérito na época, Henrique Meneguello e Jales Batista, além do promotor Mauro Zaque de Jesus.
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