A juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, retomou nesta quarta-feira (8) a instrução do processo proveniente da Operação Seven, por fraudes na desapropriação de um terreno em Cuiabá. Somente uma pessoa foi ouvida e os depoimentos devem ser retomados em 2020.
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Testemunha identificada como João Bertoli Filho foi a única ouvida. Ele chegou a ser proprietário da área antes da negociação suspeita liderada pelo governador Silval Barbosa.
Responsável por vender a área ao réu Filinto Correa da Costa, Bertoli recebeu valores via depósito. A suspeita do Ministério Público é que os valores recebidos sejam de origem ilícita. A suposta origem irregular, porém, era raro desconhecido.
O processo da Operação Seven agora aguarda a colheita de mais três testemunhos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. As oitivas serão realizadas por carta precatória. Conforme a juíza Ana Cristina, previsão é que os interrogatórios dos réus sejam cumpridos apenas em 2020.
São réus da ação penal o médico Filinto Correa da Costa; o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”; os ex-secretários de Estado Pedro Jamil Nadaf e Marcel Souza de Cursi; o ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto; o ex-presidente da Metamat, João Justino Paes de Barros; Marcos Amorim da Silva; o fazendeiro Roberto Peregrino Morales; e os empresários Luciano Cândido do Amaral, Antônia Magna Batista da Rocha e André Luiz Marques de Souza.
A Seven inicialmente teve como foco o ex-governador Silval Barbosa e apurou suposto esquema que teria causado prejuízo de R$ 7 milhões aos cofres públicos, por meio da compra, pelo Estado, de uma área rural de 727 hectares na região do Manso.
Atualizada às 17h33.