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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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​BUSCAVA APOIO

Desembargador concede liberdade a prefeito preso por pagar ‘mensalinho’ a vereadores

Foto: Reprodução

Desembargador concede liberdade a prefeito preso por pagar ‘mensalinho’ a vereadores
O desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) determinou a soltura do prefeito do município de Rondolândia (a 1.146 km de Cuiabá), Agnaldo Rodrigues de Carvalho (PP), que foi preso no último dia 27 de abril após confessar o pagamento de ‘mensalinho’ para vereadores, no intuito de conseguir “apoio” político junto ao Parlamento municipal. Ele foi preso em Ji-Paraná, em Rondônia.
 
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De acordo com os autos, desde que assumiu a Prefeitura de Rondolândia (em 2017) o prefeito sofreu diversos entraves na administração de um grupo de vereadores, os quais cobravam espaço no Executivo, com a nomeação de secretários por eles indicados, alojando cabos eleitorais em cargos comissionados, bem como o pagamento de determinada quantia em dinheiro a título de “apoio” político junto ao Parlamento municipal.
 
Em depoimento prestado ao MP, o prefeito Agnaldo Rodrigues de Carvalho alegou que sucumbiu à pressão desse grupo de vereadores de modo que, sistematicamente entregava-lhes pessoalmente ou por intermédio de outras pessoas dinheiro para manter sua sustentabilidade política no município de Rondolândia.
 
O prefeito então foi preso no final do mês passado e entrou com pedido de liberdade provisória com ou sem fiança. Em uma decisão desta quarta-feira (8) o desembargador federal Ney Bello determinou que fosse expedido, com urgência, o alvará de soltura, mediante imposição de medidas cautelares.
 
Flagrante
 
A Polícia Federal de Ji-Paraná (RO) prendeu em flagrante o prefeito de Rondolândia, Agnaldo Rodrigues, no último dia 27 de abril. O atual gestor da cidade mato-grossense estava em posse de R$ 8 mil, que seriam de propina paga por uma empresária que prestava serviços ao município. Há pouco tempo, ele foi afastado do poder, mas retornou após decisão da Justiça.
 
Segundo sites da região, a própria empresária denunciou que estava sendo chantageada por Agnaldo, que exigia 10% dos pagamentos feitos. Antes de levar a propina, a dona da construtora procurou a Polícia Federal e prestou depoimento, explicando que a prática de extorsão por Rodrigues era antiga e freqüente.
 
Para garantir a confirmação do recebimento, a PF de Ji-Paraná (RO), que é responsável pela região, digitalizou as cédulas que seriam entregues ao prefeito.
Ao ser flagrado, Agnaldo disse que o dinheiro era para pagar "seus meninos". Porém, depois de preso, alegou que o montante em seu poder era a parcela de um empréstimo que havia feito à empresária. Porém, não havia nada que comprovasse a versão apresentada.
 
A empresária ainda contou que, há poucos dias, ela tinha recebido uma parte do pagamento para execução de uma obra com recursos federais em Rondolândia. Com o prefeito, foram encontrados R$ 8 mil.
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