Olhar Jurídico

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Criminal

Operação Mantus

Polícia investiga terceira organização criminosa suspeita de brigar por jogo do bicho em MT

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Polícia investiga terceira organização criminosa suspeita de brigar por jogo do bicho em MT
A decisão que autorizou a Operação Mantus, desencadeada nesta quarta-feira (29), revelou parcialmente uma terceira organização criminosa, intitulada Pirâmide, atuando além dos grupos supostamente lideradas por João Arcano Ribeiro e Frederico Muller Coutinho, apontados inicialmente como concorrentes. 
 
Leia também
Defesa diz que prisão de Arcanjo foi equívoco: ‘confundiram máquina de cartão com caça-níquel’


Conforme informações contidas na peça, investigações apontaram com fartas provas a existência de duas organizações operando jogos do bicho e lavagem de dinheiro. A Ello (FMC), ligada a Frederico e a Colibri, ligada a João Arcanjo Ribeiro. 
 
O terceiro grupo surge vinculado ao nome de João Henrique Sales de Souza. O personagem inicialmente trabalhou como “recolhedor” da Ello (FMF). Porém, segundo informações do processo, João deixou a empresa e abriu o próprio negócio, cooptando clientes da antiga organização e realizando o recolhimento do dinheiro.
 
Rosalvo Ramos de Oliveira, antigo “supervisor” da Ello (FMC), também pediu demissão para trabalhar com o novo grupo. Ele é apontado como sócio de João Henrique Sales. Boletim de ocorrência serve como prova da terceira organização criminosa.
 
Conforme informações do processo, boletim lavrado em novembro de 2017, durante a operação de segurança pública Bairro Seguro, revelou a atuação de Rosalvo como dono do jogo do bicho em um estabelecimento identificado como “Coruja Lanches”, na região periférica de Cuiabá. Na ocasião, o dono do estabelecimento confessou que trabalhava como casa de apostas. Seu chefe seria justamente Rosalvo.
 
Provas

 
Mesmo com os apontamentos da polícia, o terceiro grupo criminoso não foi formalmente denunciado. As investigações não se aprofundaram com capacidade para demonstrar que o duelo pelo jogo do bicho em Mato Grosso, aparentemente travado por Frederico e Arcanjo, na verdade trazia ainda um terceira via.
 
“Como bem ressaltou a autoridade policial, apesar de se ter vislumbrado no decorrer das investigações a existência de uma possível terceira organização criminosa, formada, em tese, por João Henrique Sales de Souza, Rosalvo Ramos de Oliveir, tem-se que as provas até agora colhidas são insuficientes”, afirmou Jorge Tadeu em sua decisão.
 
Prisões
 
Mesmo sem provas concretas sobre a existência do terceiro grupo, denominado Pirâmide, João Henrique e Rosalvo foram alvos de prisões em consequência dos supostos crimes cometidos enquanto trabalhavam para Frederico Muller Coutinho.

A operação

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagrou na manhã desta quarta a Operação Mantus, com o escopo de prender duas organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e com a contravenção penal denominada jogo do bicho.
 
A operação visou dar cumprimento a 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos justamente pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.

As investigações iniciaram em agosto de 2017, descortinando duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso. Ambas movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.
 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet