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Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Criminal

LAVAGEM NO BIC BANCO

Juiz suspende alegações finais e marca novo interrogatório para ouvir colaborador

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Juiz suspende alegações finais e marca novo interrogatório para ouvir colaborador
O juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, marcou para o dia 12 de junho reinterrogatório de Luiz Carlos Cuzziol, ex-gerente do Bic Banco. Ele é especulado como o mais novo delator premiado da Operação Ararath.  
 
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O processo em que o colaborador será reinterrogado versa sobre gestão fraudulenta de instituição financeira. O caso já estava em fase de alegações finais, porém, a postura colaborativa foi levada em conta para determinação de nova oitiva.
 
De acordo com a denúncia, as provas recolhidas durante a Ararath apontam que foram praticadas inúmeras operações ilícitas de empréstimos bancários, totalizando aproximadamente R$ 12 milhões, com o conhecimento e colaboração do representante do BicBanco.
 
Os empréstimos eram concedidos à pessoa jurídica Ortolan Assessoria e Negócios Ltda, e tinham como garantia créditos fictícios que a empresa possuía junto ao governo do estado de Mato Grosso, por meio de simulação de prestação de serviços na área de consultoria e assessoria em gestão governamental.
 
O ex-secretário da Casa Civil e de Fazenda, Eder de Moraes Dias, também foi denunciado pelo Ministério Público Federal.
 


A delação
 
Conforme apurado pelo Olhar Jurídico, o colaborador pretende atuar revelando detalhes sobre esquemas de triangulação para lavagem de dinheiro.
 
Cuzziol já foi condenado em ação da Ararath.  Processo de 2015 gerou pena de 31 anos de reclusão. No mesmo caso, o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, recebeu condenação a 69 anos.
 
Diversos advogados estão se deslocando ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região para tentar obter cópia da delação firmada por Cuzziol.

A reportagem apurou ainda que os esquemas de lavagem de dinheiro obedeciam triangulações entre o Poder Executivo, o Bic Banco e empresas. O dinheiro desviado pagava empréstimos das empresas realizados na instituição financeira. Levantamento inicial aponta ao menos 20 transações suspeitas.
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