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​‘TESTA DE FERRO’

Genro de Arcanjo pede habeas corpus e nega envolvimento no jogo do bicho

05 Jun 2019 - 09:08

Da Redação - Vinicius Mendes / Da Reportagem Local - Wesley Santiago

Foto: Wesley Santiago / Olhar Direto

Genro de Arcanjo pede habeas corpus e nega envolvimento no jogo do bicho
O advogado Ulisses Rabaneda, que patrocina a defesa de Giovanni Zem Rodrigues, genro de João Arcanjo Ribeiro, afirmou que pediu habeas corpus em favor do acusado, preso no último dia 29 de maio, na “Operação Mantus”. A defesa disse que Giovanni negou ter envolvimento no jogo do bicho e reforçou que ele não seria “testa de ferro de Arcanjo”.
 
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Giovanni Zem Rodrigues, acusado de, juntamente com Arcanjo, liderar uma das organizações criminosas do jogo do bicho em Mato Grosso, foi interrogado na sede da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), nesta terça-feira (4), mas se recusou a falar.
 
O advogado Ulisses Rabaneda citou que este é um direito de Giovanni, mas já disse que o acusado nega envolvimento no jogo do bicho. Segundo o advogado, Giovanni deve falar apenas após a defesa ter acesso a todos os documentos da investigação
 
“A polícia está investigando o caso há mais de um ano, a operação foi deflagrada na quarta da semana passada então nós ainda estamos recolhendo os documentos e nós ainda não tivemos acesso a tudo. Como o interrogatório é um direito e um meio de defesa, após ter acesso a tudo ele se dispõe a prestar os esclarecimentos”.
 
A defesa, porém, já afirmou que Giovanni não seria “testa de ferro” de Arcanjo na organização criminosa, com a possível intenção de “blindar” o bicheiro. Ele defende a inocência do acusado e disse que um pedido de habeas corpus já foi feito junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
 
“A linha da defesa é demonstrar a inocência dele. Veja, uma investigação que está tramitando há mais de um ano, algumas interceptações telefônicas foram captadas, nada mais salutar do que ouvir o interrogado após ele ter acesso a tudo, onde ele vai explicar tudo o que for questionado”.

A operação
 
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagrou na manhã do dia 29 de maio a Operação Mantus, com o escopo de prender duas organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e com a contravenção penal denominada jogo do bicho.
 
A operação visou dar cumprimento a 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos justamente pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.
 
As investigações iniciaram em agosto de 2017, descortinando duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso. Ambas movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.
 
Uma das organizações seria liderada por João Arcanjo e seu genro, Giovanni Zem Rodrigues. A outra é liderada por Frederico Muller Coutinho.
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