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tenente morto

Comandante diz que não houve erro em manter Scheifer na mesma equipe de colega denunciado

17 Jun 2019 - 17:23

Da Reportagem Local - Vinicius Mendes/ Da Redação - Arthur Santos da Silva

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Comandante diz que não houve erro em manter Scheifer na mesma equipe de colega denunciado
O tenente coronel Ronaldo Roque, atual comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), afirmou em depoimento nesta segunda-feira (17) que o envio do tenente Carlos Henrique Scheifer ao local da operação que resultou em sua morte foi um procedimento padrão. O posicionamento resguarda o tenente-coronel José Nildo Silva de Oliveira, ex-comandante do Bope.

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Conforme revelado pelo Olhar Direto no mês de abril, o tenente Scheifer comunicou ao comando do Bope suposto desvio de conduta do cabo da Polícia Militar Lucélio Gomes Jacinto dois dias antes de ser morto pelo colega de farda com um tiro no peito, em ocorrência de assalto em Matupá. Mesmo com a comunicação, o acusador participou da operação junto do acusado. Lucélio foi denunciado junto do terceiro sargento Joailton Lopes de Amorim e do soldado Werney Cavalcante Jovino pela morte de Scheifer.
 
“Talvez para quem é de fora não consiga identificar, mas o fato de tomar termo, de ouvir e encaminhar, de quem quer que seja, é algo tão comum, e os próprios policiais já entendem como algo normal, e eu, opinião minha, não veria problema em mandar eles para a mesma ocorrência”, afirmou Ronaldo Roque.
 
“Eu não faria essa ponderação[de resguardar Scheifer], por que foi uma declaração, precisaria de apuração, e o tenente fez porque era dever de ofício”, concluiu Roque.
 
A revelação da reportagem divulgada em abril contradiz o que foi veiculado como versão oficial. Em depoimento também no mês de abril, o tenente-coronel José Nildo Silva de Oliveira, que era o comandante do Batalhão de Operações Especiais na época da morte de Scheifer, garantiu que não havia desavença entre o tenente morto e os demais membros da equipe. Ele negou a existência de fato anterior à morte que pudesse justificar uma ação planejada.
 
Na denúncia do Ministério Público Estadual, consta que o crime teria sido cometido para evitar que a vítima adotasse medidas que pudessem responsabilizar os militares por desvio de conduta em uma ação que resultou na morte de Marconi Souza 
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