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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Tribunal do Júri

Membros de grupo de extermínio, “Mercenários” somam mais 100 anos com segunda condenação

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Membros de grupo de extermínio, “Mercenários” somam mais 100 anos com segunda condenação
Membros do grupo de extermínio denominado Os Mercenários, atuante em Várzea Grande, já acumulam mais de 100 anos de condenação. Nessa quarta-feira (3), dois integrantes foram submetidos ao Tribunal do Júri.

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José Edmilson Pires dos Santos e Helbert de França Silva, que é policial militar, foram condenados, cada um, a 75 anos de prisão. Eles foram julgados pelos crimes de homicídio consumado contra três vítimas e mais uma tentativa contra uma quarta pessoa. Esses crimes tornaram-se conhecidos da população como a Chacina do Cristo Rei.

Durante o julgamento, cumprindo o dever constitucional de promover justiça, os promotores que atuaram em plenário defenderam, além da condenação dos dois réus, a absolvição de Jonathan Teodoro de Carvalho (também policial militar). Todas as teses defendidas pelo Ministério Público foram acatadas pelos jurados. Atuaram no julgamento quatro promotores de Justiça que foram designados pelo procurador-geral.

Conforme a sentença, os homicídios  ocorreram no dia 13 de abril de 2016, por volta das 22h20, no município de Várzea Grande. As vítimas Márcio Melo de Souza, Wellington Ormond Pereira e Vinicius Silva Miranda foram atingidas por disparos de arma de fogo. Na ocasião, o jovem Alan Chagas da Silva também foi atingindo, mas sobreviveu por circunstâncias alheias à vontade dos réus.

Segundo o Ministério Público, os acusados chegaram juntos no local dos fatos, em um veículo e já desceram efetuando os disparos contra as vítimas. Somente Alan Chagas da Silva conseguiu pular o muro da residência e fugir. Os crimes aconteceram na Rua 11, Casa 14, Quadra 54, no bairro Cohab Cristo Rei.

Os sentenciados José Edmilson e Helbert de França Silva respondem a outras ações penais, todas pela prática de crimes dolosos contra vida, praticados por motivação e circunstâncias semelhantes ao caso que foi julgado. Eles estão presos e não poderão recorrer da sentença em liberdade. No mês passado eles foram submetidos ao júri popular e foram condenados a 30 anos de prisão, cada um, pelo homicídio qualificado praticado contra Luciano Militão da Silva e por tentativa de homicídio contra Célia Regina da Silva.

O MPE alega que o grupo “Os Mercenários”, formado por aproximadamente seis policiais, além de civis, se associaram mediante estrutura ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais.

Conforme apurado durante as investigações, os integrantes do grupo possuíam todo um aparato para cometer crimes, como armamento sofisticado, rádio amador, silenciador de tiros e diversos carros e motocicletas com placas frias. Estima-se que dezenas de pessoas tenham sido vítimas do grupo.
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