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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Alvo da GCCO

Preso por facilitar entrada de celulares na PCE, diretor responde por lesão corporal grave e tortura

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Preso por facilitar entrada de celulares na PCE, diretor responde por lesão corporal grave e tortura
O diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), Revétrio Francisco da Costa, preso acusado de facilitar a entrada de 86 celulares dentro de um freezer na unidade prisional, responde a processos por lesão corporal grave, tortura e outros crimes. Ele foi denunciado na última quarta-feira (03), pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

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Segundo a denúncia do Gaeco, o diretor da penitenciária responde a processos por crimes de lesão corporal grave e porte de arma de calibre proibido; delito de tortura e difamação.
 
As investigações mostraram que após a chegada de Sandro da Silva Rabelo, conhecido como ‘Sandro Louco’, a Cuiabá houve um ajuste secreto, uma aliança criminosa, entre os líderes do Comando Vermelho, Revétrio, o vice-diretor da PCE e também com os militares presos para introdução de aparelhos celulares na unidade.
 
Revetrio teria sido o responsável por autorizar a entrada do freezer com 86 celulares, o qual era para ser entregue diretamente na sala de diretor, pois se tratava de envio feito pela PM para o preso conhecido por Petróleo.
 
“Por má interpretação da ordem dos diretores, os integrantes do corpo da guarda, ao invés de mandar levar o freezer diretamente para o interior da sala de REVÉTRIO, conforme foi por ele e seu vice-diretor ordenado, deixaram-no em um corredor, próximo da sala do diretor”, diz trecho da denúncia.
 
Além disto, a denúncia aponta ainda que “os diretores aceitaram a proposta trazida pelos três policiais militares, consistente na obtenção de futura vantagem em dinheiro, e omitiram ato de ofício, emitindo ordem para que os servidores do Corpo da Guarda deixassem entrar o veículo pertencente a Luciano “Marreta” transportando o freezer recheado de celulares sem nem mesmo identificar o condutor”.
 
Em março do ano passado, detentos da PCE fizeram uma greve pela retirada de Revétrio da direção do presídio. Eles alegaram ser vítimas de tortura, abuso de poder, xingamentos e até mortes por espancamento.

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) ofereceu denúncia, na última quarta-feira (03), contra dois líderes do Comando Vermelho, três policiais militares e dois agentes penitenciários que ocupavam os cargos de vice e de diretor da Penitenciária Central do Estado. O grupo foi alvo da ‘Operação Assepia’, que apurou facilitações para entrada de aparelhos celulares na unidade prisional.
 
Foram denunciados: Paulo Cesar dos Santos, vulgo “Petróleo”, e Luciano Mariano da Silva, conhecido como “Marreta”, ambos pertencentes ao Comando Vermelho; o então diretor da Penitenciária Central, Revétrio Francisco da Costa; o vice-diretor, Reginaldo Alves dos Santos e os militares Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior.

Ao grupo, foram imputados quatro atos criminosos. Os sete denunciados vão responder por integrar, financiar e promover organização criminosa e também por introdução de celulares em presídios; cinco deles pelo crime de corrupção ativa; e dois por corrupção passiva.
 
Conforme consta na denúncia, no dia 06 de junho passado, por volta das 13h, misteriosamente os portões da PCE se abriram e uma camionete Ford Ranger Preta ingressou na unidade levando sobre a carroceria um freezer branco “recheado” de celulares. Os ocupantes dos veículos não foram identificados por determinação dos diretores. O equipamento que deveria ser colocado na sala do diretor acabou sendo disponibilizado em um corredor.
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