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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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o homem do dinheiro

‘O Alan é a pessoa que elegeu o Pedro Taques’, diz delator em depoimento

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

‘O Alan é a pessoa que elegeu o Pedro Taques’, diz delator em depoimento
Delator premiado e empresário da construção civil, Giovani Belatto Guizardi, dono da construtora Dínamo, afirmou em depoimento prestado na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, durante a terça-feira (2), que o empresário Alan Malouf “é a pessoa que elegeu  Pedro Taques”. Apesar da afirmação, as informações prestadas não indicam a atuação dolosa do hoje ex-governador.
 
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O empresário afirmou em delação premiada que Alan Malouf contou ter investido R$ 10 milhões na campanha de Taques. Giovani Guizardi também declarou ter doado R$ 300 mil para a campanha. Os desvios na Educação ocorreram supostamente para garantir o “retorno dos investimentos”.
 
“No ano de 2014, campanha ainda do governador Pedro Taques, eu procurei o senhor Alan Malouf com o intuito, como eu sabia que ele fazia parte da organização da campanha, era responsável pela parte financeira, procurei o mesmo com a intenção de fazer uma doação para a campanha do senhor governador Pedro Taques. Nesse momento, em conversa, foi falado já o valor que havia sido disponibilizado na pessoa do Alan Malouf, em torno de R$ 10 milhões e nesse momento eu contribuí com R$300 mil”, explicou em depoimento.
 
Guizardi foi o responsável por propor a divisão da propina proveniente de um cartel na Secretaria de Educação (Seduc), fatos revelados pela Operação Rêmora. O posicionamento na organização criminosa, segundo o delator, surgiu em consequência de Alan Malouf. “Eu só fui atendido em um primeiro momento por solicitação do Alan que o Permínio [Pinto, ex-secretário de Educação] me atendesse”.
 
Além dos contatos diretos com Alan Malouf e Permínio Pinto, o delator premiado indica o deputado Guilherme Maluf como braço político da organização. A divisão da propina ocorria da seguinte forma: “dos 100% da propina arrecadada, 25% seria do seu Permínio, que era o dono da pasta, era o secretário, 25% eu coloquei que era do Guilherme Maluf, era braço político da organização, 25% era do seu Alan, para que fosse efetuado o pagamento que ele havia alocado na campanha do governador Pedro Taques, 5% para o Wander [Luiz dos Reis, servidor da Seduc], 5% Fábio Frigeri [servidor da Seduc], que era o braço direito do Permínio, 5% a taxa de administração, para bancar os custos da operação, 10% ficaria comigo”
 
A operação
 
A operação Rêmora investigou esquema de fraudes em obras de reforma e construção de escolas que inicialmente estavam orçadas em R$ 56 milhões. Diversas empresas compunham, segundo o Ministério Público, cartel capaz de gerar favorecimentos e desvio de dinheiro público.
 
Segundo o Gaeco, a organização criminosa desarticulada desde a primeira fase da Rêmora era composta por três núcleos: de agentes públicos, de operações e de empresários.
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