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Em depoimento, Júlio Campos lembra amizade com Arcanjo e diz desconhecer lavagem de dinheiro

31 Jul 2019 - 18:31

Da Reportagem Local - José Lucas Salvani/ Da Redação - Arthur Santos da Silva

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Júlio Campos

Júlio Campos

O ex-governador de Mato Grosso, Júlio Campos (DEM), prestou depoimento nesta quarta-feira (31) à juiza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, como testemunha de defesa do bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Audiência ocorreu em processo proveniente da Operação Arca de Noé, por esquema de desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro.
 
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Durante o testemunho, Júlio Campos afirmou que a Assembléia Legislativa utilizava empréstimos junto à Confiança Factoring, empresa de Arcanjo, e que “todo mundo sabia”, porém, desconhecia o fim dado ao dinheiro ou o esquema de lavagem de dinheiro. O ex-governador acrescentou que não sabe quem executava as negociações da Assembléia com a empresa de Arcanjo. O político confessou ainda ser amigo do bicheiro.

“O João Arcanjo eu conhecia porque era famoso. Meu amigo pessoal, conhecia ele por alguns eventos sociais [também]. Como bom político, a gente tinha um bom relacionamento, não só eu, mas com todos os políticos da época”, explica.

Além do depoimento de Júlio Campos, a magistrada Ana Cristina Mendes marcou para o dia 23 de agosto audiência para oitivas do deputado Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), e do ex-deputado Gilmar Fabris. Os dois também participarão como testemunhas de defesa.
 
As ações da Arca de Noé estavam paradas aguardando extensão de extradição autorizadas em 2018 após decisão da a Suprema Corte de Justiça Uruguai. Os casos versam sobre associação criminosa e peculato. A operação foi deflagrada em 2002 pela Polícia Federal e desmantelou sistema financeiro à margem do oficial liderado por Arcanjo. O objetivo era, segundo o Ministério Público, desviar dinheiro por meio de empresas fantasmas e depois lavar as quantias nas factorings do bicheiro.

Atualmente Arcanjo está preso preventivamente em razão de mandado expedido na Operação Mantus, que combateu organizações criminosas atuantes no jogo do bicho. 
 
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