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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Criminal

Colaborador em xeque

MP questiona fidelidade de delator que faltou audiência para comparecer em retiro espiritual

01 Ago 2019 - 10:32

Da Redação - Arthur Santos da Silva/ Da Reportagem Local - Vinicius Mendes

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Promotor Jaime Romaquelli

Promotor Jaime Romaquelli

O promotor Jaime Romaquelli, membro do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), afirmou nesta quinta-feira (1º) que a postura do colaborador premiado na Operação Rêmora, Luiz Fernando da Costa Rondon, não está ocorrendo de forma adequada. O delator faltou pela segunda vêz audiência marcada para seu interrogatório. Porém, representantes de sua defesa estiveram presentes.

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“O colaborador, quando aceita ser colaborador, se compromete a participar do processo numa posição privilegiada, como uma pessoa que se soma ao Ministério Público na produção de provas. Se em algum momento for percebido que ele está traindo essa confiança que foi depositada, mediante artifícios para retardar o processo, causar transtorno, pode motivar a revogação”, disse Romaquelli.
 
A audiência desta quinta foi adiada para o dia 9 de agosto. Por falha dos oficiais de justiça, Luiz Fernando não foi intimado. A defesa do delator, porém, sabia do ato processual. A advogada do colaborador apresentou ainda declaração de um padre afirmando que seu cliente está em um retiro na cidade de Nova Olímpia.
 
“Esse caso é o segundo adiamento. Ele não foi encontrado no endereço. Não compareceu novamente. A advogada se comprometeu a trazê-lo. Mas se verificado  durante o processo que essa prática se repete, pode ter consequência para ele” finalizou.
 
O caso
 
Ministério Público de Mato Grosso (MPE) ofereceu denúncia em desfavor de Alan Malouf, Permínio Pinto Filho, Fábio Frigeri, Wander Luiz dos Reis e Giovani Belatto Guizardi. A peração Rêmora investigou esquema de fraudes em obras de reforma e construção de escolas que inicialmente estavam orçadas em R$ 56 milhões. Diversas empresas compunham, segundo o Ministério Público, cartel capaz de gerar favorecimentos e desvio de dinheiro público.
 
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