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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Sétima Vara

Eliene Lima é condenado a oito anos de prisão em processo da Operação Arca de Noé

Foto: reprodução

Eliene Lima é condenado a oito anos de prisão em processo da Operação Arca de Noé
O juiz Jorge Tadeu, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, condenou o ex-deputado estadual e federal Eliene Lima a oito anos de prisão em regime inicial semiaberto pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
 
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A decisão, do dia 7 de agosto, é proveniente da Operação Arca de Noé, que investigou esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
 
Eliene foi beneficiado com um pagamento de R$ 60 mil. O esquema contava ainda com a participação da Confiança Factoring, ligada ao bicheiro João Arcanjo Ribeiro. 

O ex-parlamentar foi denunciado em 2010 no Supremo Tribunal Federal (STF) em ação do Ministério Público Federal. Após perder o foro por prerrogativa de função, o caso “desceu” para Mato Grosso.
 
Segundo o MPF, o modus operandi utilizado para o desvio do dinheiro da Assembleia Legislativa em benefício dos deputados estaduais ocorria da seguinte maneira: José Riva, então presidente da Casa e Humberto Melo Bosaipo, ordenador de despesas, emitiam cheques nominais a empresas prestadoras de serviços inexistentes ou que não tivessem executado o serviço. Tais cheques eram trocados na Confiança Factoring, que repassava os valores aos deputados indicados por Riva e Bosaipo.
 
A ação contou com a quebra do sigilo bancário do acusado. Relatórios confirmaram o desvio. José Riva e Bosaipo emitiram em  dezembro de 2000 um cheque do Banco do Brasil, de titularidade da Assembleia Legislativa, no valor de R$ 77 mil, nominal à empresa A. A. J. R. Borges – Gráficas, que foi endossado e depositado, no mesmo dia, diretamente na conta bancária cujo titular era a empresa Confiança Factoring.
 
Após receber o cheque, a Confiança Factoring repassou o valor de R$ 60 mil ao acusado por meio de um novo cheque, que foi descontado na “boca do caixa”, contendo no verso a assinatura Eliene Lima.
 
“Conclusivamente, temos que restou devidamente comprovado que o acusado Eliene José de Lima aderiu de forma consciente e voluntária à empreitada criminosa idealizada por José Geraldo Riva e Humberto Melo Bosaipo, praticando o delito de Peculato, bem como, o delito de Lavagem de dinheiro”, decidiu Jorge Tadeu.
 
Além de condenado a prisão, Eliene Lima  terá que devolver R$ 77 mil. O ex-deputado tem o direito de recorrer em liberdade.
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