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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Andrade Gutierrez

Riva afirma que Maggi autorizou negociação com construtora que gerou dano de R$ 182 milhões

Foto: Reprodução

Riva afirma que Maggi autorizou negociação com construtora que gerou dano de R$ 182 milhões
Proposta de delação premiada atribuída ao ex-deputado estadual José Riva afirma que a aquisição de precatório devido à Construtora Andrade Gutierrez em negociação supostamente encabeçada pelo empresário Valdir Piran serviu para pagamento de dívidas e saldo de propina. O então governador, Blairo Maggi, autorizou as tratativas. 
 
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“O colaborador tem conhecimento de vultosa fraude perpetrada para adimplir dívida do Executivo e Legislativo com o Sr. Valdir Piran que, naquela ocasião, já se aproximava dos R$27.000.000,00”, diz trecho do documento obtido pelo Olhar Direto.

Os detalhes constam em documento que teria sido encaminhado à procuradora de Justiça Ana Cristina Bardusco, chefe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), no dia 27 de março.
 
Segundo informado, o então governador, Blairo Maggi, delegou a Silval Barbosa e Eder Moraes a busca de um entendimento com Valdir Piran, pois estava preocupado com a governabilidade do Estado.
 
Eder então sugeriu a Blairo a aquisição por parte de Valdir Piran de um precatório da Construtora Andrade Gutierrez, cujo valor a receber do Estado era de aproximadamente R$ 300 milhões.
 
As informações reveladas no documento convergem com ação com pedido de ressarcimento estimado em R$ 182 milhões movida em 2019 pelo Ministério Público (MPE) contra Blairo Maggi, Eder Moraes, Piran, mais cinco pessoas e duas empresas.

São acionados ainda o procurador aposentado Francisco Gomes Andrade Lima Filho (o Chico Lima), o procurador João Virgilho do Nascimento Sobrinho, o também ex-secretário de Fazenda Edmilson Jose dos Santos, o ex-presidente da Andrade Gutierrez, Rogério Nora, o vice-presidente jurídico da empreiteira, Luiz Otávio Mourão, a própria Andrade Gutierrez e a empresa Piran Participações.

O valor seria proveniente de créditos que o governo de Mato Grosso devia à construtora. Porém, a Andrade Gutierrez e a empresa Piran Participações e Investimentos celebraram contrato de cessão de direitos creditórios.

O pagamento se deu de forma ilegal, violando os preceitos constitucionais relativos ao regime de precatórios, bem como princípios da Administração Pública, tais como moralidade, publicidade, impessoalidade e economicidade. Apurou-se que a transação gerou prejuízo de R$ 182 milhões.
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