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AUDIÊNCIA DA ARCA DE NOÉ

“Fabris tem conhecimento de causa”, diz advogado de Arcanjo que arrolou ex-deputado como testemunha; vídeo

27 Nov 2019 - 17:16

Da Redação - Vinicius Mendes / Da Reportagem Local - Arthur Santos da Silva

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

“Fabris tem conhecimento de causa”, diz advogado de Arcanjo que arrolou ex-deputado como testemunha;  vídeo
O advogado Zaid Arbid, que patrocina a defesa de João Arcanjo Ribeiro, explicou que arrolou o ex-deputado Gilmar Fabris como testemunha de defesa, pois ele era deputado à época dos fatos apurados na Operação Arca de Noé e já foi presidente da Assembleia Legislativa, portanto “tem conhecimento de causa”. O ex-deputado, no entanto, não compareceu à audiência desta quarta-feira (27), mas apresentou um atestado médico. João Arcanjo Ribeiro compareceu ao Fórum de Cuiabá para acompanhar a sessão sobre o caso e uma testemunha de acusação foi ouvida.
 
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A audiência ocorreu na 7ª Vara Criminal de Cuiabá com a juíza Ana Cristina Mendes. Apesar de Gilmar Fabris não comparecer, não houve cancelamento, pois é ouvida a testemunha de acusação Edil Correia. A defesa de Arcanjo, porém, insistiu que a oitiva com Fabris ainda seja realizada.
 
O advogado do ex-bicheiro explicou que decidiu arrolar o ex-deputado como testemunha, pois ele tem “conhecimento de causa”. Zaid Arbid, inclusive, também atua como advogado de Gilmar Fabris.
 
“Os fatos que estão sendo apurados nesta ação penal remetem aos anos de 2000 e 2002, então Gilmar Fabris nestes anos esteve como deputado estadual, e ele vinha de 1996 até 1998  em uma gestão de presidência da Assembleia, então o que se fazia na ALMT, as práticas e a forma como comercializava e se adquiria produtos, ele conhecia, ninguém melhor que Gilmar Fabris [para esclarecer], pois tem conhecimento de causa da situação, ele viveu estes problemas”, disse Zaid.
 
A testemunha que foi ouvida na tarde de hoje, Edil Correia, teve sua empresa usada no esquema. Cheques foram emitidos pela Assembleia Legislativa à empresa dele e foram encontrados em uma das factorings de Valdir Piran, que chegou a ser preso na Operação Arca de Noé.

Ao final da sessão a juíza Ana Cristina Mendes agendou para o próximo dia 23 de janeiro a próxima audiência. O ex-deputado Gilmar Fabris será intimado novamente.


 
O caso
 
O processo versa sobre suposto conluio para constituir, de forma fraudulenta, a empresa C. P. T. Almeida, forjando operações com a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT) no valor de R$ 3,3 milhões, com o fim de possibilitar o desvio de dinheiro dos cofres públicos estaduais.
 
Tais cheques nominais à C. P. T. Almeida eram encaminhados pelos próprios deputados para a Confiança Factoring, propriedade de Arcanjo, e lá eram trocados por dinheiro, ou por cheques emitidos pela Confiança e nominais aos então deputados Jose Geraldo Riva e Humberto Melo Bosaipo ou a pessoas ou empresas indicadas pelos parlamentares.
 
A Operação Arca de Noé foi deflagrada em 2002 pela Polícia Federal e desmantelou sistema financeiro à margem do oficial liderado pelo suposto bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
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