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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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​VÍTIMA AMPUTADA

Após 17 meses, procuradora aposentada acusada de atropelar gari será ouvida em audiência

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Após 17 meses, procuradora aposentada acusada de atropelar gari será ouvida em audiência
A procuradora aposentada Luíza Siqueira de Farias, acusada de atropelar o gari Darliney Silva Madaleno, que acabou tendo a perna amputada, foi intimada para comparecer à audiência de Instrução e Julgamento agendada para o próximo dia 14 de abril. Ela foi denunciada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) por lesão corporal culposa de natureza gravíssima.
 
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No último dia 17 de janeiro a procuradora aposentada compareceu à Secretaria Criminal do Fórum de Cuiabá, em cumprimento à determinação imposta pela Justiça. Na ocasião, ela foi intimada a comparecer à audiência de Instrução e Julgamento marcada para o dia 14 de abril, às 14h30.
 
O fato ocorreu em novembro de 2018, mas Luiza Farias Correa da Costa foi denunciada pelo Ministério Público em julho de 2019, por lesão corporal culposa de natureza gravíssima. De acordo com a denúncia, Luiza praticou lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e conduziu o carro “com capacidade psicomotora alterada em razão da ingestão de álcool”.
 
Uma audiência de conciliação foi realizada em junho do ano passado, mas a procuradora aposentada não compareceu, apenas enviou advogado para representá-la e não houve acordo de indenização para a vítima. A vítima foi ouvida em uma audiência em dezembro de 2019, e nesta sessão a procuradora também não compareceu.
 
O caso
 
A procuradora Luiza Siqueira de Farias, de 68 anos, atropelou um funcionário da empresa que presta serviços de coleta de lixo para a Prefeitura de Cuiabá, na madrugada do dia 20 de novembro, de 2018, na Avenida Getúlio Vargas. A vítima, Darliney Silva Madaleno, trabalhava no momento em que foi esmagado entre o veículo da mulher, um Jeep Renegade, e o caminhão da coleta. De acordo com informações da Polícia Civil, Luiza dirigia com uma taxa de 0,66 mg de álcool por litro de ar expelido, ou seja, duas vezes a mais do que o permitido pela lei.
 
O magistrado Jeverson Luiz Quinteiro concedeu liberdade provisória à procuradora ao arbitrar a fiança de oito salários mínimos (R$ 7,6 mil). A audiência de custódia foi realizada no inicio da noite do mesmo dia, no Fórum de Cuiabá. A procuradora aposentada assinou termo de compromisso e está proibida de dirigir. Ela teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recolhida.
 
A defesa da aposentada afirmou que ela não estava embriagada no momento do fato: “estado de síncope”. Em nota, a defesa explica que “as imagens veiculadas por alguns sítios virtuais não retratam ou comprovam qualquer quadro de embriaguez, senão um estado de choque decorrente da forte colisão, a qual acabou por gerar, conforme laudo médico, um ‘estado de sincope’”.
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