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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Justiça autoriza policial penal acusado de agressão a ir para cidade onde mora vítima para fazer tratamento

Foto: Reprodução

Justiça autoriza policial penal acusado de agressão a ir para cidade onde mora vítima para fazer tratamento
O juiz Jeverson Luiz Quinteiro, da 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, autorizou o policial penal Edson Batista Alves, que chegou a ser preso por agredir mulheres, a viajar para Rondonópolis, cidade onde mora uma de suas vítimas e o filho dela, que também foi agredido pelo suspeito. Ele também determinou que a Comarca de Pedra Preta, cidade natal de Edson, fiscalize o cumprimento das medidas enquanto ele estiver lá.
 
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Uma audiência sobre o caso da mãe e filho que foram agredidos e torturados pelo policial penal foi realizada no último dia 2. Na ocasião a defesa de Edson pediu autorização para que ele fosse à cidade de Rondonópolis na terça-feira (3) para comparecer a uma consulta médica.
 
O Ministério Público não se opôs ao pedido e o magistrado autorizou a viagem. Rondonópolis é onde mora a ex-companheira de Edson e o filho dela, que foram agredidos e torturados pelo policial penal quando vieram a Cuiabá a pedido dele. Edson faz uso de tornozeleira e a vítima possui um botão do pânico. Ela teria verificado que, de fato, o policial penal esteve em Rondonópolis.
 
Uma das vítimas de Edson, que também possui o botão do pânico, mora em Cuiabá. Elas já se manifestaram dizendo que ficaram aterrorizadas com a soltura de Edson, pois ele já as ameaçou de morte. Segundo as vítimas, Edson já teria agredido nove mulheres.
 
O policial penal, porém, não deve mais morar em Cuiabá. Após pedido da defesa o juiz autorizou a ida dele à cidade de Pedra Preta e determinou que a Comarca daquele município fiscalize o cumprimento das medidas cautelares da prisão, impostas a Edson. Pedra Preta fica a uma distância de apenas 29 quilômetros de Rondonópolis. A próxima audiência sobre este caso ficou marcada para o dia 10 de junho de 2020.
 
O caso
 
A mãe do menino relatou no boletim de ocorrências que há pouco tempo tinha vindo de Rondonópolis para Cuiabá a pedido do policial penal. Na semana em que estiveram juntos ele a impediu de ir embora e teria a agredido física e verbalmente, aterrorizando sua vida com diversas ameaças, inclusive de que mataria ela e seu filho.
 
O homem também teve o garoto como alvo, dizendo que ele era criado pela avó e que ele seria homossexual e uma pessoa imprestável. O menino acabou ferido pelo suspeito no olho direito e teve seu braço quebrado.
 
O agente penitenciário, ao ver o que teria feito, tentou limpar o olho do menino com água quente, sendo que ela respingou na barriga da criança, que teve pequena queimadura na região do abdômen. A mãe da criança, bem como outras oito mulheres, também foi agredida e torturada por Edson.
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