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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Justiça ouve testemunha e tenta entender se dinheiro apreendido pagou votos em Avalone

Foto: Rogério Florentino/ Olhar Direto

Justiça ouve testemunha e tenta entender se dinheiro apreendido pagou votos em Avalone
Fábio Henrique Fiorenza, membro do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) e relator de representação que pode determinar cassação do deputado estadual Carlos Avalone (PSDB), marcou para o dia três de junho uma audiência por videoconferência para oitiva de testemunha. A medida foi estabelecida visando evitar a propagação do novo coronavírus.

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"Para se evitar aglomeração, a inquirição dar-se-á por meio virtual, por meio do aplicativo Zoom, plataforma pela qual a testemunha, as partes e este Relator participarão da audiência, procedendo-se à gravação do ato em meio digital para posterior juntada aos autos". determinou o relator no dia sete de maio. .
 
Armando Bueno da Silva Júnior será a testemunha. Ele é apontado como responsável por emprestar R$ 89,9 mil apreendidos com três homens na BR-070, no município de Poconé, no dia 4 de outubro de 2018, três dias antes da realização do primeiro turno das eleições majoritárias.
 
No carro, que tinha o vidro traseiro adesivado com o mote da campanha do deputado Carlos Avalone, foram encontrados os R$ 89,9 mil, uma agenda manuscrita e santinhos eleitorais do candidato.
 
Os ocupantes do veículo foram identificados como Dener Antônio da Silva, Rosenildo do Espirito Santo Bregantini e Luiz da Guia Cintra de Alcantara.
 
Dener era o condutor. No momento da abordagem, disse que o dinheiro foi pego em um escritório em Cuiabá e que o local pertencia a Carlos Avalone. O montante seria para pagar cabos eleitorais.  Todavia, logo após, em seu depoimento, afirmou que não sabe para que seria o dinheiro.

Rosenildo afirmou que não sabia da existência do dinheiro encontrado no carro. Também explicou que ele e os outros ocupantes do veículo não foram a nenhum escritório.

Luiz da Guia, no momento da abordagem policial, disse que o dinheiro seria resultado de uma venda de uma motocicleta. Porém, ao prestar depoimento afirmou que o montante encontrado pertencia a ele. Ainda esclareceu que veio a Cuiabá porque precisava resolver uma situação financeira e que havia passado no escritório de Carlos Avalone.

Nos termos dos depoimentos colhidos em sede policial, os suspeitos não deram informações sobre a propriedade do veículo. Apenas  Luiz da Guia  supôs que pertencia à campanha eleitoral de Avalone.
 
Após a propositura da representação eleitoral, foram realizados interrogatórios em sede judicial. Dener relatou que, como não estava em serviço, aceitou acompanhar Luiz da Guia até Cuiabá. Ele reiterou a versão apresentada em seu depoimento policial.
 
Rosenildo disse que veio a passeio a Cuiabá após ser convidado por Luiz da Guia. Igualmente, no restante, reiterou a versão apresentada em sede policial.

Luiz da Guia narrou em juízo que a quantia apreendida em dinheiro era de sua titularidade, justificando que no dia da apreensão veio até Cuiabá e tomou o valor emprestado de uma pessoa cujo nome é Armando ( que será ouvido). Por fim, afirmou que no dia da apreensão passou pelo comitê do candidato Carlos Avalone. Também confirmou que o carro envolvido na abordagem policial estava sob sua responsabilidade.
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