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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Criminal

MORTE DE ISABELE

Promotor diz que possível reconstituição de família Cestari não servirá como prova

Polícia fez reconstituição na casa em que Isabele morreu

Polícia fez reconstituição na casa em que Isabele morreu

O promotor Marcos Regenold Fernandes, da 12ª promotoria de Justiça Criminal, avalia que a "reconstituição" que a família Cestari pretende realizar, para tentar provar a versão da adolescente autora do disparo que matou Isabele Guimarães Ramos, não deve afetar a conclusão do inquérito policial e também não servirá como prova. A reconstituição feita pela perícia no dia 18 de agosto não simulou a versão da adolescente por pedido da defesa. Indícios apontam que o disparo pode não ter sido acidental.

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O delegado Wagner Bassi, responsável pela investigação da tragédia, conduziu no último dia 18 a reconstituição simulada dos fatos. Toda equipe da Polícia Civil, juntamente com peritos, advogados, membros do Ministério Público e membros da família que reside na casa participaram da ação policial. 

A autora do disparo, no entanto, não participou, a pedido da defesa, e por causa disso, a versão defendida pela adolescente não foi simulada. 

"Eu insisti para que isso fosse simulado, só que o perito disse que não tinha dados precisos para identificar o local, e centímetros fazem diferença em uma reconstituição porque muda ângulo, muda altura, muda uma série de coisas, então ele achou melhor não fazer, mas a insistência em não fazer a reconstituição foi da própria defesa da família", disse o promotor Marcos Regenold. 

O novo advogado da família, Artur Osti, reafirmou que o caso trata-se de uma fatalidade e fez questão de ressaltar que não havia qualquer intriga entre as adolescentes. A família Cestari teria afirmado depois que providenciaria uma nova reconstituição, para tentar provar que o tiro que matou Isabele foi involuntário. 

"Eles querem fazer uma nova reprodução sob alegação de que a perícia oficial não teria simulado a versão da menina, só que a perícia não simulou a versão dela a pedido da defesa da família Cestari. O ideal para a reconstituição seria a menina estar lá com a perícia para apontar com fidedignidade qual era a posição dela, etc, mas a pedido deles não ocorreu", afirmou o promotor Marcos Regenold.

O membro do Ministério Público ainda afirmou que esta nova reconstituição não deve afetar o curso e a conclusão do inquérito policial. Além disso, ele também disse que ela não servirá como prova, já que a família não pode produzir provas neste momento.

"Se eles forem fazer, não é perícia, não consigo nem classificar como perícia porque eles não são peritos oficiais. Pela legislação, eles não podem produzir prova nenhuma agora, a prova quem tem que produzir é o Estado, eles podem se preparar para se defender futuramente em juízo".
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