O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação para apurar possíveis irregularidades na dispensa de licitação que resultou em contrato entre a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e a empresa V.P. Medicamentos, no valor de R$ 2,525 milhões.

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A empresa foi contratada para aquisição de medicamentos visando suprir as necessidades do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, no contexto do combate à pandemia de Covid-19.
 
Portaria de abertura de investigação foi assinada pela Procuradora da República Andrea Costa de Brito, no dia 27 de janeiro. A V.P. Medicamentos já é alvo de ações do Ministério Público Estadual.
 
O Município de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, teria promovido a aquisição de um mesmo produto, de fornecedores diferentes e em um exíguo espaço de tempo, com uma diferença de preço de R$ 9,31 pela unidade, o que teria gerado prejuízo ao erário municipal na ordem de R$ 715 mil. Fatos foram revelados pela Operação Overpriced.

A operação gerou o afastamento do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho.  Segundo o secretário, porém, o valor pago pelo medicamento, estipulado em R$ 11,90, se refere à caixa contendo 4 comprimidos, de modo que o valor de unitário do comprimido seria de R$ 2,97, não havendo que se falar em sobrepreço.