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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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alvo de prisão

Empresário ameaçou fazer 'levantamento' sobre vida de promotor que o denunciou

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Empresário ameaçou fazer 'levantamento' sobre vida de promotor que o denunciou
O empresário Eder Augusto Pinheiro, dono do Grupo Verde Transportes, apontado como responsável por manter o monopólio do mercado de transporte intermunicipal, frustrando procedimento licitatório, teria, segundo o Ministério Público, “ameaçado e manifestado” intenção de promover “levantamentos acerca da vida” do promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos, responsável por propor ação cível pública com valor de causa estabelecido em R$ 161 milhões.

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Segundo os autos, que estão sob sigilo, a suposta ameaça comprovaria que Eder Pinheiro “segue arregimentando terceiras pessoas para a continuidade das atividades ilícitas praticadas pela organização criminosa”. Informação baseou prisão decretada em face do empresário.
 
O Olhar Jurídico entrou em contato com o promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos. O membro do Ministério Público afirmou que não pode se manifestar sobre o caso, pois não teve acesso às informações, que são sigilosas.
 
Segundo investigação, Eder Pinheiro possui duas direções convergentes em sua atuação criminosa: política e empresarial. A primeira envolve a compra de apoio político por meio do pagamento de propina. A segunda recai sobre a constituição de empresas com sócios laranjas visando preservar negócios com a Administração Pública.
 
O caso
 

Na manhã de sexta-feira (14), o Ministério Público, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO) e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), deflagrou em atuação compartilhada  a terceira fase da Operação Rota Final, que busca apurar  crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso (STCRIP-MT), promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e  Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGER-MT).  
 
A investigação, iniciada na Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso, foi encaminhada, com autorização do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), ao GAECO-MT em meados de 2019, onde foi concluída pelas autoridades policiais do Grupo Especializado, com supervisão do NACO Criminal. O Inquérito policial possui 47 volumes de elementos de informações.
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