O Ministério Público do Paraná investiga atuação de Amauri Monge Fernandes na aquisição de materiais didáticos pela Secretaria de Educação. Fernandes atualmente é secretário-adjunto executivo de Educação em Mato Grosso.
A informação já havia sido revelada pelo suplente de deputado estadual, Henrique Lopes (PT). O órgão ministério de MT já se mobilizou, requerendo informações.
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Conforme consulta feita pela Olhar Jurídico ao Ministério Público do Paraná, promotoria em Mato Grosso buscou informações a respeito de Amauri e do ex-deputado federal Alex Canziani, que atualmente atua no Conselho Consultivo da Seduc em Mato Grosso.
No Paraná, conforme informações de inquérito, Amauri Fernandes ocupava o cargo de secretário regional de Educação, do Consórcio de Desenvolvimento e Inovação do Norte do Paraná (Codinorp).
De acordo com o MP, Amauri Fernandes estaria agindo em MT com os mesmos ‘modus operandi’ verificado no Paraná, quando geria o Consórcio de Desenvolvimento e Inovação do Norte do Paraná. A investigação paranaense apura a criação e atuação do consórcio, além do uso dos recursos públicos para material didático e formação continuada de professores.
Conforme noticiado pelo Olhar Jurídico, O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) fez uma denúncia nesta quinta-feira (20), dizendo que apostilas encomendadas pelo governador Mauro Mendes, pagas com dinheiro público e entregues aos professores da rede estadual, surpreenderam pelo fato do material se tratar de uma verdadeira cópia dos livros didáticos que são entregues gratuitamente pelo governo federal ao estado.
Fotos e vídeos gravados pelos profissionais da educação, de várias partes do estado, chamam atenção pelo uso suspeito do dinheiro público. Numa das postagens, o professor questiona para os internautas os motivos que levaram o governo a gastar com apostilamento, se o material é o mesmo dos livros didáticos ofertados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Em resposta, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), explicou que os representantes da categoria distorceram os fatos e que o material didático fica com o aluno.
A Seduc explicou que os livros distribuídos pelo Ministério da Educação (MEC) são destinados às escolas, e não contemplam todos os alunos da rede estadual, ou seja, o acesso é limitado. Além disso, o livro tem que ser devolvido para ser reutilizado pelos próximos três anos.