Estimando danos morais na importância de R$ 1,1 milhão, a família da adolescente morta com um tiro na cabeça no Condomínio Alphaville, em Cuiabá, apresentou nova manifestação na Justiça, requerendo bloqueio sobre um imóvel comercial pertencente ao pai da menor que efetuou o disparo.

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Inicialmente, Patrícia Hellen Guimarães Ramos, mãe da adolescente Isabele, acionou os pais da atiradora pedindo bloqueio de 15 imóveis para garantir reparação dos danos. A Justiça, porém, determinou que valores dos imóveis fossem especificados.

A nova manifestação retifica pedido de bloqueio, esclarecendo que o atual imóvel pretendido, no bairro jardim Guanabara, em Cuiabá, tem valor estabelecido em R$ 1,153 milhão. Ou seja, é suficiente.
 
Conforme requerimento, a possibilidade de bloqueio do imóvel atende à necessidade do processo, bem como se mostra a opção menos gravosa, se comparado, por exemplo, com a possibilidade de hipotecar imóvel residencial, inclusive a atual residência dos pais da atiradora.

A menor acusada de matar Isabele cumpre medida socioeducativa de internação. Conforme sentença assinada pela juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, a internação foi aplicada levando em conta a prática do ato infracional equiparado ao crime de homicídio qualificado.

Há nos autos o esclarecimento de que o prazo da medida socioeducativa não pode ultrapassar três anos. A medida socioeducativa será reavaliada semestralmente.
 
O crime aconteceu em julho de 2020 e ganhou repercussão nacional após ser publicizado pelo programa dominical Fantástico, da Rede Globo.