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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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R$ 980 mil

Justiça Eleitoral retira sigilo de inquérito que investiga doações ilegais a campanha de ex-governador

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Justiça Eleitoral retira sigilo de inquérito que investiga doações ilegais a campanha de ex-governador
A Justiça Eleitoral decidiu retirar sigilo de inquérito que investiga o ex-governador de Mato Grosso, Pedro Taques, por suposto recebimento de valores não contabilizados na campanha de 2014. Segundo os autos, informação sobre possível irregularidade surgiu em depoimento do empresário Willians Paulo Mischur, que inicialmente afirmou ter efetuado doações de recursos financeiros, em espécie, no total de R$ 980 mil. Em momento posterior, a declaração foi retificada, mas a investigação segue em andamento.

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Conforme os autos, em seu primeiro depoimento, Mischur afirmou ter efetuado doações de recursos financeiros, em espécie, no valor total de R$ 980 mil, em favor da campanha de Pedro Taques.
 
Ainda no primeiro depoimento, Mischur disse que foi procurado por Valdinei Mauro de Souza, o Ney, conhecido no ramo da mineração, para que o auxiliasse na campanha eleitoral do então pré-candidato, Pedro Taques. O empresário afirmou ainda que participou de uma reunião com Pedro Taques, juntamente com Ney e o atual governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM).
 
Mischur complementou no primeiro depoimento que, após o fim do pleito, foi procurado por pessoal identificada como Eduardo Amaral para nova contribuição, duas parcelas, uma de R$ 280 mil e outra de R$ 200 mil.
 
Em um segundo termo de declaração, Mischur alterou algumas informações, declarando que os pagamentos de R$ 280 mil e R$ 200 mil não chegaram a acontecer. Já o montante de R$ 500 mil teria sido solicitado por Ney em reunião, mas sem a presença de Pedro Taques ou Mauro Mendes na sala.
 
Depoimento de Ney confronta algumas informações. Ele diz ter sido procurado por Mischur para que fosse apresentado a Pedro Taques. Mauro Mendes, então sócio de Ney, teria ajudado a marcar a reunião entre as partes.
 
Segundo Ney, não houve solicitação de dinheiro na reunião. O empresário afirma ter recebido R$ 500 mil de Mischur, porém, em data posterior ao pleito eleitoral, no ano de 2015, montante declarado em seu imposto de renda. R$ 500 mil, segundo Ney, foi um empréstimo durante período em que enfrentava dificuldades financeiras.
 
Os depoimentos de Mischur e Ney convergem no sentido de que Pedro Taques não solicitou dinheiro para campanha. Ao primeiro, após queixas da gestão de Silval Barbosa, Taques teria garantido que não haveria cobranças irregulares em contratos firmados com o governo de Mato Grosso, caso fosse eleito.
 
Ao Olhar Jurídico, Pedro Taques afirmou que não houve recebimento de dinheiro irregular em sua campanha. Os contatos com Mischur ocorreram por intermédio de Mauro Mendes, mas sem qualquer forma de solicitação de vantagem.
 
Taques explicou ainda que possíveis transações envolvendo Mischur e Ney devem ser explicadas por eles. Finalizando, o ex-governador disse que não houve irregularidades em contratos de sua gestão com empresa de Mischur. O próprio Ministério Público arquivou investigações sobre os contratos, por falta de fundamentos que pudessem gerar possível acusação formal.
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