O juiz Murilo Moura Mesquita, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a tramitação exclusiva junta da autoridade policial de representação que investiga suposto tratamento diferenciado a menor que matou a amiga com um tiro na cabeça no Condomínio Alphaville, em Cuiabá. A investigação obedece a pedido da defesa da própria atiradora, que nega qualquer tipo de vantagem no local em que a adolescente está internada.
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Reportagens publicadas em abril de 2021 afirmaram que a menor estava recebendo visitas em condições diferenciadas. O mesmo foi relatado em relação às refeições. Produtos de higiene também seriam exclusivos.
Quando da divulgação da reportagem, o advogado Artur Osti emitiu nota, negando qualquer favorecimento. Ele relatou que, em abril, a menor estava sendo privada inclusive do direito de estudar. Relatar suposto favorecimento seria fazer acusações em face dos servidores que trabalham na unidade socioeducativa. A nota da defesa prometeu abertura de representação.
No começo de agosto, a 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá manteve internação imposta em face da adolescente acusada de assassinar com um tiro na cabeça a vítima Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, no condomínio Alphaville, em Cuiabá.
Conforme sentença, a internação foi inicialmente aplicada levando em conta a prática do ato infracional equiparado ao crime de homicídio qualificado em face de Isabele Guimarães.
O crime aconteceu em julho de 2020 e ganhou repercussão nacional após ser publicizado pelo programa dominical Fantástico, da Rede Globo. A atiradora está internada no Lar Menina Moça, em Cuiabá.