O juiz Renan Carlos, da 4ª Vara Cível de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), deferiu pedido de recuperação judicial em nome da empresa Algodoeira Primavera, de Primavera do Leste, endividada em cerca de R$ 11 milhões.

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Conforme os autos, a algodoeira surgiu no ano de 1997 na região sul de Mato Grosso. Os sócios da empresa, que são pai e filho, tinham o objetivo de desenvolver um projeto em família para atuação na região de Primavera do Leste.
 
Ao longo dos anos, com o projeto se desenvolvendo, a Algodoeira passou a ter destaque, sendo referência na região, desempenhando bem suas atividades e empregando diversos trabalhadores.
 
Porém, a empresa sofreu com fatores climáticos e econômicos. Outro fator foi a modernização no ambiente do agro. Passou a ser mais acessível e prático aos produtores construírem suas próprias algodoeiras para efetuar o beneficiamento. Com a diminuição de faturamento, acumulado com a diminuição da taxa de lucratividade, a empresa não conseguiu se manter com fôlego.
 
“Desse modo, tem-se por finalidade quitar seu passivo, com fôlego e prazo que lhes permitam a reestruturação econômico-financeira e a manutenção de suas atividades. Afinal, este é objetivo central do instituto recuperacional estampado no art. 47 da Lei 11.101/05, a manutenção da fonte produtiva, com a consequente preservação da empresa”, diz trecho do processo.
 
Em sua decisão, o magistrado responsável salientou que emergem fortes indícios acerca do efetivo comprometimento da empresa e do interesse da mesma na preservação da integridade de seus negócios, tendo em vista a adequada instrução da petição inicial.
 
“Preenchidos, pois, os requisitos legais, estando em termos a documentação exigida nos artigos 48 e 51 da Lei 11.101/2005, defiro o processamento da recuperação judicial de Algodoeira Primavera LTDA EPP, pessoa jurídica de direito privado”, decidiu.