O Ministério Público (MPF) apresentou alegações finais em processo na Justiça Federal requerendo condenação em face do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, acusado de compor organização criminosa.
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Além de Huark, o MPF pede a condenação ainda de Fábio Liberali Weissheimer, Luciano Correia Ribeiro, Celita Natalina Liberali Weissheimer, Adriano Luís Alves Souza e Kedna Iracema Fontenele Servo Gouvea.
Documento foi assinado pelo procurador da República Carlos Augusto Guarilha de Aquino Filho nesta sexta-feira (27). O membro do órgão ministerial requereu ainda absolvição de de Flávio Alexandre Taques da Silva e Fábio Alex Taques figueiredo.
Segundo os autos, os nomes agiram segundo semestre de 2018, após prévio ajuste, com a finalidade de embaraçar investigação realizada pela Câmara Municipal de Cuiabá no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde. A mesma organização tentou atrapalhar apuração da Polícia Judiciária Civil em inquérito.
Inquérito policial buscava apurar, dentre outros objetos, ilegalidades em contratos de prestação de serviços médicos firmados entre a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) e a Proclin - Sociedade Mato-grossense de Assistência em Medicina Interna. Huark, então secretário Municipal de Saúde e diretor da ECSP, era sócio oculto da Proclin.
A Proclin faz parte do Grupo Prox, composto por pessoas jurídicas prestadoras de serviços na área de saúde. Também integra esse grupo a Qualycare – Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar.
As suspeitas iniciais foram levantadas nos autos da operação Sangria, que apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva. Alguns dos envolvidos chegaram a ser presos.