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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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preso pela PF

Ex-secretário de Saúde passa a noite no Centro de Custódia de Cuiabá

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Ex-secretário de Saúde passa a noite no Centro de Custódia de Cuiabá
Ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues passou a noite de quinta-feira (28) no Centro de Custódia da Capital (CCC). Ao Olhar Jurídico, o advogado Ricardo Spinelli explicou que ainda estuda a decisão que prendeu seu cliente, mas recursos serão apresentados nos próximos dias, em Mato Grosso e em Brasília. 

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A informação sobre o local em que Célio está preso foi divulgada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança. Decisão que decretou a prisão, assinada pelo juiz Jeferson Schneider, da Quinta Vara Federal em Mato Grosso, está em sigilo. 

A Polícia Federal deflagrou na quinta a Operação Cupincha, segunda fase da Operação Curare. Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá e Curitiba, 3 mandados de prisão preventiva e medidas de sequestro de bens, direitos e valores. Uma pessoa se encontra foragida.

Como se apurou na primeira fase da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.

Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.

A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando à dissimulação dos eventuais beneficiários.

Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de contratos administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.

O nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, o então servidor público e o proprietário do grupo empresarial investigado.
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