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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Criminal

ALVO DA ROTA FINAL

Ex-presidente de sindicato afirma que agia por interesses de seus filiados e pede absolvição

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Ana Cristina

Ana Cristina

O empresário Júlio César Sales Lima, ex-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros do Estado de Mato Grosso e alvo da Operação Rota Final, pediu absolvição sumária em ação que tramita na Sétima Vara Criminal de Cuiabá. Segundo ele, “os fatos narrados contra si não constituem crime”.

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Operação Rota Final apura um esquema montado para impedir a licitação do sistema intermunicipal de transporte. Contra Júlio César, a Justiça determinou o monitoramento por tornozeleira eletrônica, além da proibição de manter contato com outros investigados. O ex-presidente do sindicato agiria para beneficiar o empresário Eder augusto Pinheiro, dono da Verde Transportes.
 
“Qual é o crime que pratica uma presidente de uma entidade sindical que defende os interesses de seus filiados? Nenhum, desde que suas ações não possam configurar outras condutas típicas e, mais adiante iremos afastá-las”, afirma a defesa de Júlio César.
 
Ainda segundo tese defensiva, mesmo que o acusado Éder Pinheiro e seus funcionários integrassem uma organização criminosa, é preciso reconhecer que esta suposta organização estava acobertada pelo manto da legalidade, na pessoa jurídica da Verde Transportes, empresa filiada regularmente ao sindicato.
 
Denúncia aponta ainda que o acusado teria oferecido vantagem indevida para servidor público visando a suspensão de procedimento licitatório. Conforme defesa, porém, supostas tratativas foram encabeçadas por Eder Pinheiro.
 
“Está claro que a denúncia tenta imputar ao defendente a participação em uma conduta típica, oferecimento de vantagem indevida, da qual ele sequer passou perto. A única atuação do defendente, como a própria denúncia encerra, foi de apresentar um requerimento administrativo em nome de seus representados”.

O caso

A Operação Rota Final apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso, promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e  Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGER-MT).  
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