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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Testemunhas mudam versões e Arcanjo pode ser beneficiado

Foto: Olhar Jurídico

Advogado Paulo Taques

Advogado Paulo Taques

Algumas das seis testemunhas que prestaram depoimento durante audiência realizada nessa segunda-feira (26) referente a oito processos que têm como réu o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro acabaram mudando suas versões o que deve beneficiar os acusados pelo Ministério Público nas ações, de acordo com o advogado Paulo Taques.

Inicialmente a audiência seria realizada para 15 processos, porém em sete os réus não foram intimados. As oitivas tiveram início ontem na 15ª Vara Especializada contra o Crime Organizado, Ordem Tributária, Econômica e Crimes contra a Administração Pública, de Cuiabá,e o juiz José Arimatéia, deve dar continuidade aos trabalhos somente em fevereiro de 2013.

Arcanjo vem a Cuiabá depor em processos que têm Bosaipo e deputado Riva como réus

O advogado Paulo Taques explicou que algumas das testemunhas ouvidas em juízo mudaram as versões dos depoimentos prestados ao MP em 2002 e 2003, quando foram oferecidas as denúncias. “A verdade veio à tona”.

O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro desembarcou em Cuiabá e esteve acompanhando todos os depoimentos. Ele só deve ser ouvido pelo juiz no final da instrução processual. Além dele, o MP também ofereceu denúncia contra o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSB), e o conselheiro afastado do TCE Humberto Bosaipo.

Apesar de serem as mesmas ações Riva responde a processos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e Bosaipo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) devido ao foro privilegiado. Eles são acusados de improbidade administrativa no âmbito da Assembleia Legislativa.

Arca de Noé

João Arcanjo Ribeiro está preso desde abril de 2003, depois de ter sido apontado como líder do crime organizado em Mato Grosso. A prisão dele foi resultado da operação Arca de Noé deflagrada pela Polícia Federal, em dezembro de 2002.

Conforme as denúncias dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, foram descobertos pelo menos 31 pagamentos suspeitos efetuados pela ALMT à empresa K.A. Sardinha Publicidade e Eventos, entre setembro de 2001 e dezembro de 2001, totalizando R$ 1.661.761,34. Na época, foi descoberto tratar-se de uma empresa fantasma criada com a finalidade de desviar recursos do Legislativo mato-grossense para quitar dívidas de campanha.
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