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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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crime na prainha

MP cita ações em curso e requer manutenção de prisão contra policial que perseguiu e matou suspeito com tiro na cabeça

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

MP cita ações em curso e requer manutenção de prisão contra policial que perseguiu e matou suspeito com tiro na cabeça
O promotor de Justiça Vinicius Gahyva Martins, membro do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), pediu manutenção da prisão preventiva decretada em face do policial civil Leonel Constantino, acusado de perseguir e matar uma pessoa com tiro na cabeça, crime registrado na região central de Cuiabá.

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Segundo os autos, Leonel, policial da ativa, estava em serviço, quando foi acionado por uma estagiária, a qual lhe informou que estava lavrando ocorrência de extravio de documento para a vítima Anderson Conceição de Oliveira, momento em que ela constatou que este tinha um mandado de prisão em aberto. Leonel deu voz de prisão à vítima, o qual estava desarmada e fugiu. O policial efetuou disparo de arma de fogo pelas costas no momento em que Anderson fugia, atingindo cabeça.
 
Ao requerer liberdade, o policial apresentou narrativa de que "pensou ter visto" a vítima ter movimentado uma das mãos “como se fosse retirar uma arma escondida”. Ainda segundo defesa, “é inaceitável que num instante o requerente seja transformado de mocinho a bandido no estrito cumprimento do dever”.
 
Conforme parecer do MPE, em que pese os argumentos lançados pela defesa, “verifica-se que os requisitos para a segregação cautelar do requerente permanecem hígidos e capazes de sustentar a manutenção do cárcere preventivo, enfatizando-se que a medida se faz necessária para preservação da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal”.
 
Promotor salientou que não há alteração fática que autorize a revogação da prisão, bem como sequer foram trazidos aos autos elementos que demonstrassem a mudança do cenário. A prisão também se justifica para garantir a ordem pública, pois em consulta aos antecedentes de Leonel, foi possível verificar que o mesmo possui ações penais em curso.
 
“Não é demais lembrar a gravidade concreta do crime, uma vez que o delito foi praticado por agente de Segurança Pública, em plena luz do dia, às 10h32min, na Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), via pública conhecida pela grande movimentação de transeuntes”, finalizou o membro do Ministério Público, requerendo manutenção da prisão.
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