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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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feminicídio

Réu é condenado a 16 anos de reclusão por cortar pescoço e causar morte de ex-companheira

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Réu é condenado a 16 anos de reclusão por cortar pescoço e causar morte de ex-companheira
Em sessão do Tribunal do Júri realizada na quarta-feira (1º), na comarca de Porto Alegre do Norte (1.125km de Cuiabá), Gedeon Silva de Moraes foi condenado a 16 anos e oito meses de reclusão pelo feminicídio da ex-companheira, Daiane Oliveira Barbosa. O Conselho de Sentença reconheceu as qualificadoras de motivo torpe, emprego de meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. Foi fixado o regime fechado para cumprimento da pena, bem como negado ao réu o direito de recorrer em liberdade.

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Conforme a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, o crime ocorreu em julho de 2019, no bairro Setor Vila Nova, em Confresa (1.135km da Capital). Na época, Gedeon e Daiane, que mantiveram relacionamento amoroso por aproximadamente sete meses e chegaram a morar juntos, estavam separados há poucos dias devido ao comportamento agressivo dele. Inconformado com a separação e movido por “ciúme possessivo”, ele decidiu matar a vítima.

“Na data dos fatos, o indiciado foi até a residência da vítima, ciente de que ela estava sozinha, e apertou o pescoço dela com as mãos. Na sequência, com uma faca, ele esgorjou o pescoço da vítima, realizando ‘movimentos de vai e vem’. A vítima foi a óbito por choque hipovolêmico”, narra a denúncia.

"Foi um crime gravíssimo e ontem a sociedade de Confresa e região, por meio do corpo de jurados, demonstrou que feminicidas serão punidos de acordo com a lei. A violência doméstica e familiar contra a mulher não ficará impune. A dor dos familiares e amigos de Daiane será eterna, mas espero que eles e toda a população saibam que o Ministério Público do Estado de Mato Grosso está comprometido com a causa e usará todos os recursos legais disponíveis para a prevenção e também a repressão de tais atos”, afirmou a promotora de Justiça substituta da comarca de Porto Alegre do Norte, Vanessa Assis Baruffi, que atuou no júri.
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