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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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MPE descarta influência de namorada em assassinato de agente; delitos de trânsito não influenciaram ato de Paccola

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

MPE descarta influência de namorada em assassinato de agente; delitos de trânsito não influenciaram ato de Paccola
Denúncia contra o vereador em Cuiabá, Marcos Paccola, descarta completamente suposta influência de Janaina Maria Santos Cícero de Sá Caldas na morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros. Janaina era namorada de Miyagawa e estava com a vítima no momento em que Paccola efetuou os três disparos fatais. Fontes ouvidas pelo Olhar Jurídico levantaram a possibilidade de Janaina responder apenas por delitos de trânsito.

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No dia 1º de julho de 2022, por volta das 19h40min, em frente ao imóvel de número 132 da Rua Presidente Arthur Bernardes, Bairro Quilombo, Paccola, por torpe motivação, mediante disparos de arma de fogo e utilizando-se de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, matou Miyagawa.
 
A vítima estava na companhia de sua namorada. Janaina conduzia veículo do casal e, inadvertidamente, ingressou na rua Presidente Arthur Bernardes em alta velocidade e na contramão da direção. Ela parou o carro, desceu do veículo e, segundo o MPE, visivelmente descontrolada, passou a discutir e xingar as pessoas que se encontravam na referida via pública.
 
Segundo o MPE, é fato que, em meio a uma série de impropérios, Janaina instigou Miyagawa para que sacasse arma de fogo que trazia consigo, o que efetivamente foi feito. Porém, o aparente objetivo era evitar que a própria Janaina se apossasse da arma que trazia em sua cintura. Órgão cogita ainda a intenção de dissuadir pessoas estavam sendo xingadas pela namorada.
 
Ministério Público descarta completamente suposta influência de Janaina Maria no resultado morte. Mesmo instigado por Janaina, em nenhum momento a vítima agrediu ou ofendeu pessoas próxima. O agente também não apontou sua arma de fogo em direção a ninguém, sendo alvejada pelas costas pela ação de Paccola.
 
“Os três disparos de arma de fogo foram deflagrados nas e pelas costas da vítima, que sequer notou a presença de seu agressor, de maneira que lhe foi subtraída e impossibilitada qualquer chance de defesa”, afirma o MPE. Ainda segundo o órgão de acusação, “é possível concluir que o agressor agiu por torpe motivação, no afã de projetar sua imagem como sendo de alguém que elimina a vida de supostos malfeitores e revela coragem e destemor no combate a supostos agressores de mulheres”.
 
Fontes ouvidas pelo Olhar Jurídico levantaram a possibilidade de Janaina responder apenas por delitos de trânsito.
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