A Justiça concedeu liberdade provisória a seis influenciadores alvos da Operação 777, que investiga a divulgação de jogos de azar online e rifas ilegais nas redes sociais, por meio do conhecido “Jogo do Tigrinho”. Eles teriam movimentado R$ 12 milhões em menos de um ano.
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'Influenciadores do Tigrinho' têm mais de R$ 12 milhões apreendidos em carros de luxo e outros bens
Foram soltos mediante cautelares Cristiane de Freitas (mãe de um dos investigados) Nicolas Guilherme de Freitas - influencer Sandra Regina Ferreira (mãe de um dos investigados) Gabriel Ferreira - influencer Larissa Mattavelli - influencer Carlos Henrique – influencer.
A Justiça condicionou as respectivas liberdades ao bloqueio das redes sociais dos investigados, a proibição de deixarem o país via a entrega dos passaportes e não poderão realizar qualquer tipo de postagem envolvendo jogos de azar ilegais, sob pena de terem as suas prisões preventivas pedidas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon).
A operação foi deflagrada na semana passada e, na ocasião, a Justiça havia ordenado o bloqueio de mais de R$ 12 milhões em veículos de luxo e outros bens que foram apreendidos dos influenciadores.
A ação resultou na prisão de cinco pessoas, enquanto dois suspeitos seguem foragidos e um terceiro teria embarcado para Paris.
O esquema investigado envolve influenciadores digitais que promoviam o jogo ilegal conhecido como "Tigrinho" em suas redes sociais, uma prática que se enquadra como contravenção penal no Brasil, conforme o Decreto-Lei nº 3.688/1941, que proíbe a exploração de jogos de azar no país.
“Havia uma sinergia entre os alvos. Entre eles havia movimentação de veículos e dinheiro e outras informações, além de viagens juntos. Foi determinado pela justiça o sequestro de mais de R$ 12 milhões em veículos, bens e valores”, destacou o delegado Rogério Ferreira, da Delegacia Especializada do Consumidor.
Entre os influenciadores identificados estão Vitor Vinícios, Nicolas Guilherme, Gabriel Oliveira e Bruno Marques. A investigação revelou ainda que a mãe de um dos suspeitos, residente em Cuiabá, era utilizada como “laranja” no esquema, atuando na lavagem de dinheiro oriundo da promoção dos jogos ilegais.
Além de Cuiabá e Várzea Grande, os mandados também foram cumpridos em Pindamonhanga e Taubaté, em São Paulo.
Os envolvidos promoviam o jogo "Fortune Tiger" nas redes sociais, atraindo milhares de seguidores para a prática ilícita. A Polícia Civil segue as buscas pelos foragidos e investiga se há outros participantes no esquema.