A Polícia Civil de Poconé, localizada a 150 quilômetros de Cuiabá (MT), investiga a atuação de dez pessoas acusadas de terem usado procurações falsas para transferir uma pousada de luxo situada no pantanal matogrossense para a ex-diretora chefe do Banco Rural, Kátia Rabello, uma das principais personagens do esquema do Mensalão.

Muito procurada pelos amantes da pesca esportiva e do ecoturismo, a pousada "Refúgio Ilha do Cara Cará" tem pista de pouso de 1.160 metros e, segundo apurou a reportagem do Olhar Jurídico, é frequentada por executivos de grande empresas e bancos como o Banco Rural Europa, American Express Bank e Standard Chartered Bank, entre outros.

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O empreendimento está envolto em uma disputa entre os diretores do Banco Rural e a família Mamede, de Poconé, que acusa Rabello de ter utilizado documentação indevida para transferir para o seu nome a certidão de posse da pousada que pertencia a esta família. Os antigos proprietários alegam que não assinaram nenhum documento.

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Em julho de 2009, os Mamedes chegaram a invadir o estabelecimento acusando os atuais administradores de terem se apropriado indevidamente do empreendimento. Em nota, o Banco Rural afirmou deter o direito de administrar a Pousada desde 2000, vez que possui 85% (oitenta e cinco) por cento das cotas do capital social.

Uma das principais articuladoras do núcleo financeiro do escândalo do Mensalão, Kátia Rabello foi condenada a condenaram a 16 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha e gestão fraudulenta.

Mais informações em instantes.