Desembargador Paulo Sergio Carreira de Souza, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), nomeou a Defensoria Pública do Estado (DPMT) para atuar em nome do coronel do Exército, Etevaldo Caçadini, processado por suposta participação no assassinato do advogado Roberto Zampieri.
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Em janeiro, a advogada Sarah Quinetti Pironi, conhecida como “rainha do HC”, deixou de atuar na defesa do coronel. Na ocasião, foi determinada a intimação do coronel para constituição de novo patrono. Etevaldo foi intimado pessoalmente e, conforme certidão lançada, ocorreu o decurso do prazo sem manifestação.
“Dessa forma, com a finalidade de sanar eventuais irregularidades que possam macular o julgamento deste mandamus, nomeio a Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso para representar o impetrante, mediante a intimação pessoal da instituição em referência”, determinou o desembargador.
Caçadini foi denunciado junto de Antonio Gomes da Silva e Hedilerson Fialho Martins Barbosa por homicídio triplamente qualificado do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá. De acordo com a peça, o crime foi cometido mediante paga e promessa de recompensa, com recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de arma de uso restrito.
O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com disparos de arma de fogo em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, próximo ao seu escritório. Conforme a denúncia, “Antonio Gomes da Silva, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, auxiliado por Hedilerson Fialho Martins Barbosa, agindo ambos mediante paga e promessa de recompensa efetivada por Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima”.
Após a execução, informações recolhidas após perícia no celular de Zampieri geraram afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Sebastião de Moraes e João Ferreira Filho são suspeitos de participação em esquema de venda de decisões judiciais.
Etevaldo Caçadini segue preso em Cuiabá.