A ONG Tampatinhas entregou à Justiça, nessa quarta-feira (18), um áudio com supostos sons de "pauladas" e "gemidos de gato" para pedir a manutenção da prisão preventiva da universitária Larissa Karolina Moreira, de 28 anos, presa em 13 de junho por maus-tratos a animais em Cuiabá. O pedido foi feito após a Defensoria Pública impetrar um habeas corpus, que está sob análise da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
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O áudio foi gravado por uma vizinha de Larissa Karolina, que era estudante da UFMT. De acordo com a ONG, a gravação é apontada como uma prova direta da violência cometida contra os animais. A mulher é acusada de simular interesse em adotar animais resgatados por protetores independentes e organizações, mas, segundo o inquérito, os animais eram mortos pouco tempo depois da adoção.
A ONG Tampatinhas afirma que identificou um padrão de adoções seguidas de sumiços e mortes, a denúncia foi registrada na Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA). A entidade argumenta que a soltura da acusada representa risco concreto à ordem pública e à vida de outros animais, considerando a suposta frieza e a reiteração dos crimes.
“As provas demonstram que a paciente não cometeu um ato isolado. Ela, auxiliada por seu companheiro, arquitetou um esquema contínuo para adotar múltiplos animais de diferentes protetores, os quais, invariavelmente, tinham um destino trágico. A soltura da paciente representa um risco real e iminente de que este ciclo macabro recomece”, diz trecho da petição.
Há ainda o relato de que ela estaria se preparando para mudar de residência, o que levantou suspeitas de tentativa de fuga.
Corpos de animais encontrados
Nessa segunda-feira (16), a Polícia Civil encontrou mais dois corpos de animais perto do endereço da suspeita, no bairro Porto. A diligência foi realizada em parceria com representantes de uma organização não-governamental (ONG) de proteção a animais de Cuiabá.
Para dar continuidade às investigações e concluir o inquérito, a Dema representará judicialmente pela medida cautelar de quebra de sigilo de dados telefônicos dos celulares apreendidos, bem como o namorado da suspeita será novamente intimado para prestar esclarecimentos.