A juíza Vitti Lourenço, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou a prisão preventiva dos vigilantes Dhiego Érik da Silva Ferrera e Jonas Carvalho de Oliveira, acusados de matarem o venezuelano Hidemaro Ivan José Sanchez, de 50 anos, em fevereiro deste ano, no Terminal Rodoviário da capital. O crime contou ainda com a participação de outros dois vigilantes.
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Na decisão, a magistrada destacou que, embora os delitos sejam graves e repudiados, os réus possuem condições pessoais favoráveis, como serem primários, terem bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita.
Com isso, os dois foram colocados em liberdade mediante cumprimento de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica por seis meses, recolhimento domiciliar noturno e proibição de frequentar bares ou locais similares.
Os outros envolvidos — Alvacir Marques de Souza e Luciano Sebastião da Costa — já haviam sido soltos anteriormente. Eles não participaram diretamente das agressões fatais, mas, segundo a investigação, nada fizeram para impedir a ação dos colegas, mesmo vendo a vítima agonizar e pedir socorro.
O quarteto responde por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. A audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 27 de novembro de 2025, às 14h.
Relembre o caso
Em fevereiro deste ano, Hidemaro foi brutalmente espancado dentro do Terminal Rodoviário de Cuiabá, após supostamente importunar outros frequentadores do local. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que ele cai no chão pedindo ajuda, mas os vigilantes continuam a agredi-lo. A vítima morreu ainda no local.