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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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DEFESA

Advogado afirma que MPF foi leviano no caso do deputado

Foto: Reprodução

Advogado Paulo Fabrinny que representa o deputado

Advogado Paulo Fabrinny que representa o deputado

O advogado Paulo Fabrinny, que representa o deputado federal Júlio Campos (DEM), afirmou que a atitude do Ministério Público Federal em oferecer denúncia contra o parlamentar por homicídio qualificado “é no mínimo uma leviandade”. A denúncia foi oferecida na noite desta quinta-feira (24) com base no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) desde abril de 2011. O inquérito apura o suposto envolvimento de Campos em dois assassinatos ocorridos em 2004, em São Paulo.

Segundo Fabrinny, ele ainda não tem conhecimento do teor da denúncia, mas tomará pé da situação nos próximos dias, para então apresentar a defesa assim que for intimado. “Mas acredito que a denúncia nem será aceita, basta se basear nos autos para entender que está acontecendo uma injustiça. Nem Kafka daria conta de escrever um enredo tão louco como este”, afirmou o advogado.

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Fabrinny ressaltou que não há o menor receio por parte dele e de seu cliente em responder a este processo. “Esta foi uma situação que aconteceu referente a uma terra localizada no Mato Grosso do Sul. A vítima possuía desavenças com pessoas de lá. O Antonio Ribeiro era amigo pessoal do Júlio Campos, já tinha sido seu assessor, seu chefe de gabinete, era uma pessoa amiga da família, nunca houve desavença nenhuma entre eles”, completou.

De acordo como advogado, Antonio Ribeiro Filho e o seu sócio, o geólogo húngaro Nicolau Ladislau Ervin Haraly, possuíam o direito de lavra de uma mina de ferro em uma propriedade em Mato Grosso do Sul. E houve uma desavença entre o Antônio e o proprietário da área, pois o mesmo não permitia que a mina fosse explorada. “O deputado foi envolvido nesta situação toda por conta de um advogado que tentou extorquir dinheiro do Júlio Campos e não conseguiu. Existe uma testemunha que já declarou isso nos autos, já prestou depoimento sobre isso”, enfatizou Fabrinny.

Conforme o inquérito, Campos é suspeito de ser o mandante dos crimes para se apropriar das terras, que conteriam pedras preciosas, como diamantes. Há dois anos o inquérito se arrasta na Justiça e pelo fato de parlamentares terem foro privilegiado, o mesmo é conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Seis pessoas já foram condenadas pela execução dos crimes na Justiça paulista. Mas, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça as colocou em liberdade. Agora, com a apresentação da denúncia, caberá aos ministros decidirem se o deputado será inocentado ou se irá se tornar réu na ação penal.
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