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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Ex-policial Célio Alves chega a MT e vai a júri por tentar matar capitão

Foto: Reprodução

Ex-policial Célio Alves chega a MT e vai a júri por tentar matar capitão
O ex-policial militar, Célio Alves de Souza, considerado um dos braços armados de João Arcanjo Ribeiro, condenado por várias execuções, dentre elas a do empresário Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, fundador do jornal Folha do Estado, enfrenta mais um júri popular nesta terça-feira (26), pela tentativa de homicídio cometida contra o então capitão da Polícia Militar, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, ocorrida em 2007.

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Segundo informações da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Célio, que ultimamente cumpre pena em presídio federal fora do Estado, já está em Mato Grosso desde a manhã desta segunda-feira. O júri dele acontece no Fórum de Cáceres, a partir as 8 horas, mas por uma questão de segurança, informações sobre o translado do réu não serão divulgadas pela Secretaria.

Consta da denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual que no dia 07 de julho de 2007, durante uma perseguição, por volta das 06h30, na localidade conhecida como “Avião Caído”, na região de Cáceres, em estrada conhecida como “cabriteira”, o acusado Célio Alves de Souza, mediante disparos de arma de fogo, espingarda calibre 12, causou em Evandro Alexandre Ferraz Lesco, lesões tais que somente não causaram a morte da vítima em razão de fatos alheios à vontade do acusado.

Segundo o MPE, dois anos antes do crime, o acusado havia fugido do Presídio do Pascoal Ramos, tomando rumo ignorado, buscando, assim, evitar o cumprimento das penas que lhe foram impostas em definitivo, devido à reiterada prática de crimes.

Foi então que em julho de 2007 o Gaeco conseguiu a localização de Célio. “Uma vez localizado o mesmo, que se encontrava sob a proteção de traficantes na região de San Matias, vizinho país da Bolívia, este passou a ser acompanhado por agentes de campo, tendo sido observado em algumas ocasiões próximo a entrada de uma fazenda, fato que confirmou a sua presença no local”.

Consta da denúncia que continuando as operações de investigação, foi possível descobrir que o acusado estaria preparando-se para deixar o local onde se encontrava, já havia mandado a sua família de volta para o Brasil e deixaria a mencionada fazenda na Bolívia por volta do dia dos fatos.

Dessa forma, foi preparado o dispositivo policial para interceptá-lo quando em movimento pela fronteira, pois era seu costume adentrar ao território nacional e, depois, retornar à Bolívia. Assim, foi possível localizá-lo na mencionada estrada que leva ao Brasil, já em território brasileiro.

“Os policiais estavam dispostos no mato, próximo à mencionada estrada, quando o acusado vinha muito desconfiado, até porque estava em fuga, portando uma espingarda calibre 12 de cano serrado, momento em que recebeu voz de prisão do Capitão PM Lesco, quando alertou ao mesmo: “Parado! Polícia!”.”

De acordo com o MPE, o acusado que já conhecia anteriormente a vítima e buscando evitar ser capturado, efetuou um disparo com a espingarda que trazia consigo em direção àquela, atingindo a mesma no braço esquerdo com aproximadamente quinze esferas de chumbo 3T.

Com o impacto do disparo a vítima virou-se e os demais policiais efetuaram disparos em direção do acusado, que saiu correndo e disparando sua espingarda contra os demais policiais, somente sendo parado quando outro policial o havia cercado, trancando, assim, sua rota de fuga.

Neste momento o acusado percebeu que havia sido atingido por um tiro na altura do quadril, percebeu também que estava cercado por policiais e, dessa forma, não lhe era mais possível continuar a sua fuga, ocasião em que se rendeu.


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