Olhar Jurídico

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Criminal

Operação tentáculo

Defesa de diretor financeiro preso pelo Gaeco o apresenta à Justiça

Foto: Reprodução

Defesa de diretor financeiro preso pelo Gaeco o apresenta à Justiça
O diretor financeiro da empresa BNM Mineração, Marcelo Takahashi, se apresentou na tarde desta terça-feira (26) à Justiça para se antecipar e se dar por citado. O objetivo da defesa é mostrar que Takahashi não tem planos de sair de Cuiabá nem de obstruir a condução do processo, para evitar um novo pedido de prisão preventiva.

Defesa de diretor financeiro preso pelo Gaeco acusa polícia de omissão
TJ concede habeas corpus a empresário preso pelo Gaeco
Gaeco prende empresário do ramo de mineração e diretor financeiro

O diretor financeiro foi preso na noite de domingo pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e solto na manhã de segunda-feira (25) após habeas corpus proferido pela desembargadora Maria Helena Póvoas. Ele é suspeito de ter participado de um suposto plano de execução contra Valdinei Mauro de Souza, ex-sócio do empresário Filadelfo dos Reis Dias, proprietário da BMN.

“Vamos antecipar e nos dar por citados como prova de boa fé do nosso cliente. Marcelo se apresenta hoje como sempre fez. Ele se apresentou na primeira vez que foi chamado”, informou o advogado Eduardo Mahon, que defende Takahashi. De acordo com o criminalista, o diretor financeiro está muito abalado com a prisão.

Takahashi foi preso no domingo tal qual o empresário Filadelfo dos Reis Dias. A Justiça ainda acatou pedido de prisão preventiva contra João Paulo Pereira, Ailson Dias da Paz, Josinei Moreira de Araújo, José de Oliveira Campos, Gelfe Rodrigues de Souza Júnior e André de Souza Neves.

A operação Tentáculos foi realizada pelo Gaeco, em conjunto com as 1ª e 7ª Promotorias de Justiça Criminal de Várzea Grande e a Polícia Judiciária Civil. Consta da denúncia, que os acusados teriam em meados de abril de 2012 arquitetado o assassinato dos empresários Valdinei Mauro de Souza e Wanderley Facheti Torres.

Segundo o MP, o caso foi inicialmente investigado como tentativa de latrocínio. No entanto, no decorrer das investigações, o delegado de Polícia Carlos Américo Marchi, com o apoio do Ministério Público, constatou que se tratava de tentativa de homicídio. “Os crimes só não foram consumados porque as vítimas usavam carro blindado, que fora altamente atingido por 23 disparos de arma de fogo”, afirmaram os promotores de Justiça.

Em nota divulgada onte, a defesa de Takahashi afirmava que “o investigado, por orientação do advogado, compareceu mais uma vez espontaneamente à Secretaria da 1a Vara Criminal de VG, acompanhado do seu patrono. E, novamente, cópia integral dos processos foi negada. Dessa vez, um fato inusitado: a gestora negou-se, inclusive, a passar certidão do comparecimento espontâneo de Marcelo Takahashi para antecipar-se e receber citação.”

“Já havíamos comparecido espontaneamente à delegacia para prestar depoimento, oferecemos outras testemunhas e colocamo-nos à disposição do Judiciário. Parece não ter sido suficiente. A inclinação pelo escândalo público motiva operações que, não raras vezes, são anuladas rapidamente por absoluta carência de provas” completava.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet