O Tribunal do Júri condenou o pedreiro Sandro Pinto de Miranda, a 18 anos de prisão pelo assassinato da sua esposa Regiane Pereira, em 14 de abril do ano passado, no bairro Pascoal Ramos. Ela foi morta com sete facadas na frente dos três filhos, de 3, 5 e 7 anos.

Réu confesso de mortes enteado e sogra poderá ir a juri popular
Primeiro caso a ser julgado pelo Júri em abril é de crime passional

Consta na sentença que costumeiramente ameaçava a vítima de morte, chegando a agredi-la fisicamente. Antes de cometer o assassinato ele já respondia por crime de violência doméstica e inclusive, haviam sido instauradas medidas de proteção à vítima que morreu antes que ele fosse chamado para audiência na 2ª Vara de Violência Doméstica da Capital. Os dois eram casados há dez anos.

Segundo apurado, na semana do crime o réu passou a dormir com uma faca debaixo do travesseiro e enquanto a amolava dizia para os filhos que aproveitassem para abraçar e beijar a mãe enquanto podiam, pois iria matá-la. Como consta ainda, Sandro tinha histórico de uso de entorpecente e álcool. Durante julgamento, ele alegou que havia boatos que ela o estaria traindo e que ainda, estava inconformado com a decisão da vitima, de não conviver mais com ele.

A sentença proferida pela juíza Monica Catarina Perri Siqueira aponta que as três crianças órfãs de mãe e traumatizadas pela cena de extrema violência que presenciaram. “Atualmente as crianças residem com a avó materna e mesmo estando sob tratamento psicológico demonstram muito medo do pai, assustam-se ao ver uma faca de cabo preto (por associarem-na à faca utilizada na execução da vitima) e têm medo de escuro”.