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Mensalão: Veja como foi o 1° dia do julgamento dos 38 réus

02 Ago 2012 - 12:53

Da Redação – Rodivaldo Ribeiro e Julia Munhoz / De Brasília – Vinícius Tavares e Catarine Piccioni

Ministros do Supremo decidem a partir de hoje destino dos 38 réus do Mensalão

Ministros do Supremo decidem a partir de hoje destino dos 38 réus do Mensalão

O julgamento do Mensalão que começou na tarde de ontem (02), no Supremo Tribunal Federal (STF), vai decidir o destino dos 38 réus de um do maiores escândalos políticos da história do país. Você continua acompanhando aqui a cobertura minuto a minuto do momento da verdade dessa história, após sete anos de investigação, manobras judiciais e polêmicas.

Você acompanha os últimos acontecimentos, os argumentos de defesa e acusação, bastidores e análises feitas em tempo real.

LEIA COMO FOI A COBERTURA MINUTO A MINUTO DO MENSALÃO NESTA QUINTA:

20h19 - E com isso encerramos a cobertura em tempo real do primeiro dia do julgamento do Mensalão. Esperamos que vocês tenham gostado e convidamos todos a estarem conosco novamente amanhã, com informações minuto a minuto da acusação aos 38 réus, que será lida pelo procurador geral da República, Roberto Gurgel.

19:54 - O pedido de impedimento de Toffoli era a grande incógnita deste primeiro dia. Ele namora uma ex-advogada do Professor Luizinho, ex-deputado que é um dos réus do Mensalão. Como não é casado, Toffoli não se considera comprometido neste caso. Suas ligações com o PT e com o ex-ministro José Dirceu, de quem foi advogado, também causaram desconfiança. Mas Gurgel aparentemente preferiu não dar margem para que um pedido de impedimento levasse ao adiamento do julgamento, para que Tóffoli preparasse a defesa.

19:48 - A marca do dia foi mesmo a manobra da defesa, tentando livrar 35 réus do julgamento no STF e a tensão que essa manobra gerou entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, respectivamente relator e revisor do caso.

19:46 - Uma segunda questão de ordem da defesa, pedindo uso de recursos audiovisuais, foi descartada antes de ser ouvida, mostrando talvez a falta de paciência do presidente da Corte, Ayres Britto, com manobras de adiamento.

19:44 - Roberto Gurgel diz que não vai questionar participação de Dias Toffoli no processo do Mensalão.

19:41 - A sessão de hoje durou pouco mais de quatro horas. Houve a votação da questão de ordem para decidir se o julgamento seria desmembrado. O primeiro dia de sessão se encerrou com a leitura do relatório de Barbosa.

19:35 - O ministro do Supremo, Carlos Ayres Britto, encerra neste momento (19h35, horário de Brasília) o primeiro dia do julgamento do Mensalão. Britto marcou a apresentação da acusação, por parte do procurador Roberto Gurgel, a partir das 14h.

19:33 - O ministro Joaquim Barbosa encerrou a leitura do resumo de seu relatório da Ação Penal 470

19:32 - Barbosa sintetizou, em seu relatório, as alegações finais do MPF e das defesas. Questionado por Ayres Britto, Lewandowski diz que concorda com o relatório lido por Barbosa. Foi a primeira vez que concordaram em alguma coisa no dia.

19:30 - Barbosa explica que Sílvio Pereira não será julgado. o secretário-geral do PT fez acordo com o MPF e prestou serviços comunitários em troca do fim do processo contra ele. Exemplificou a decisão lembrando que a mesma corte também decidiu por não julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

19:27 -  Ainda não há confirmação do horário previsto para iniciar a apresentação das acusações por parte de Roberto Gurgel. O certo é que será amanhã, mas é possível que o julgamento seja antecipado. Ao invés de começar às 14h (de Brasília), pode ser puxado para a parte da manhã, a fim de não interromper o cronograma das defesas

19:24 - A próxima semana deve começar tensa. Especialmente pelos personagens que passarão a apresentar as defesas. Estão previstas sustentações dos advogados dos petistas José Dirceu, José Genuíno, Delúbio Soares, do empresário Marcos Valério e do ex-diretor do Banco Rural Ramon Hollerbach.

19:16 - Com o adiamento da apresentação da acusação, que estava prevista para hoje, o início da defesa dos 38 réus foi transferida para segunda-feira. A primeira defesa será a do ex-ministro José Dirceu, considerado o chefe de uma quadrilha pela Procuradoria Geral da República.

19:11 - Os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram há pouco que a fase da acusação por parte do procurador geral da República, Roberto Gurgel, foi adiada para esta sexta-feira. Esse atraso deve-se ao tempo gasto na votação da questão de ordem do desmembramento.

19:10 - A leitura do relatório por parte de Joaquim Barbosa é bem didática. Ele faz menção à compra de apoio político do PP, PL, que mudou para PR em 2006, para membros do PTB e um parlamentar do PTB.

19:08 - É importante lembrar que Barbosa não está lendo seu voto sobre a inocênca ou culpa dos réus. Isso ele só vai fazer depois que todos os advogados apresentarem as defesas. É a leitura de um resumo da ação penal, que introduz o julgamento, antes que defesa e acusação tratem dos temas da denúncia. 

19:06 - Segundo a denúncia, os repasses de recursos públicos feitos pelas agências de publicidade de Marcos Valério teriam a aparência de meros empréstimos bancários para pagamento de dívidas de campanha, lê Barbosa.

19:02 - São ao todo 38 réus do Mensalão. Há acusados por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e peculato.

18:58 - Barbosa mantém a narrativa de seu relatório, baseado na denúncia da Procuradoria Geral da República. É o relato da formação de uma quadrilha milionária. Leia todas as acusações contra os réus do Mensalão

18:54 - Análise: Na avaliação do advogado Paulo Taques, o ministro Dias Tóffoli não teria motivos legais para se declarar suspeito de participar do julgamento do Mensalão, mas deveria optar pelo afastamento, até como medida para evitar um constrangimento maior. “Seria um constrangimento que nunca houve no Supremo. Se o procurador geral pedir a suspeição e o Plenário se manifestar favorável, ele terá de se retirar”

18:53 - Estudantes fazem uma pequena manifestação em frente ao Supremo contra os mensaleiros. Grades de proteção isolam o prédio da suprema corte. A polícia e a segurança só observam

18:49 - Barbosa lê uma a uma as acusações contra todos os réus. 

18:48 - Relator Joaquim Barbosa começa a ler relatório do caso, o primeiro passo previsto do julgamento do Mensalão. 

18:47 - Advogado de defesa tenta apresentar questão de ordem sobre o PowerPoint. Ayres Britto nega sumariamente e corta-lhe a palavra.

18:45 - Ministros retornam ao plenário.

18:38 - E nem mesmo a leitura do relatório está garantida para hoje. Advogados de defesa preparam-se para fazer mais um pedido ao STF. Desta vez, eles querem autorização para usar apresentações feitas em computador (a exemplo do PowerPoint). O pedido deve ser negado, mas lá se vão mais debates. 

18:34 - A principal novidade do dia foi a precocidade da tensão entre o ministro relator do processo, Joaquim Barbosa, e o ministro revisor, Ricardo Lewandowski. Aparentemente, eles serão os polos do julgamento entre os colegas, com Barbosa pendendo para decisões mais duras e voltadas para a condenação e Lewandowski adotando uma postura "garantista", de atenção minuciosa ao direito de defesa de cada réu.

18:14 - O que ninguém sabe neste momento é até onde vai esta sessão do STF hoje. O primeiro passo previsto para o dia era a leitura de um resumo do relatório, feita pelo relator Joaquim Barbosa. Mas isso estava marcado para as 14h. Depois falaria o procurador geral Roberto Gurgel, por cinco horas, o que parece improvável neste horário.

18:08 - Sessão é suspensa por 30 minutos, o que no Supremo pode significar quase uma hora. 

18:05 - 9x2 – Ministro Carlos Ayres Britto vota contra o desdobramento do Mensalão.

18:02 - 8x2 – Ministro Celso de Mello acompanhou o relator Joaquim Barbosa e ajudou a derrubar a questão de ordem que pedia o desmembramento do julgamento dos 38 réus do Mensalão
 
17:58 - Se for mesmo essa a tática, mesmo derrotado em seu pedido, Thomaz Bastos já pode ter marcado um ponto. Já são três horas e meia discutindo seu pedido. A leitura do resumo do caso, que começaria às 14h, ainda não tem hora pra começar. 

17:54 - Uma das especulações antes do início do julgamento é que as defesas iam fazer de tudo para estender todos os procedimentos, para tentar impedir o voto do ministro Cézar Peluso, que se aposenta mês que vem e é considerado duro em matéria penal. 

17:50 - Segue Celso de Mello: "O direito à duplicidade jurisdicional é um recurso privativo do réu e da defesa, com a distribuição livre do processo, que garante o exercício livre do direito de defesa".

17:43 -  Celso de Mello fala sobre o caráter infraconstitucional mas supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos e cita grandes especialistas na matéria.

17:37 - O ministro Celso de Mello segue em sua explanação. Ele é o decano entre os membros da Suprema Côrte e já foi presidente do STF.

17:33 - O ministro Celso de Mello começa seu voto elogiando o posicionamento de Lewandowski e especialmente de Marco Aurélio Mello, por exercer o chamado "voto vencido". De acordo com ele, de "extremo relevo técnico e jurídico". Apesar dos outros elogios proferidos e de breve diálogo, em tom amistoso, com Marco Aurélio Mello, promete ser breve.

17:29 - 7x2 –  Mesmo sendo voto vencido, Marco Aurelio Mello vota a favor do desmembramento.

17:26 - O ministro Marco Aurélio Mello lembrou que o Supremo já acatou o desmembramento no Mensalinho, em referência ao Mensalão tucano, em 1998, e que não haverá desmembramento por decisão do Supremo para o Mensalão. Em alusão à decisão ter dois pesos e duas medidas, Mello afirma que processo judicial não deve ter capa

17:20 - Ao expor seu voto em favor do desmembramento, Mello diz que a Constituição federal precisa ser um pouco mais amada, um pouco mais respeitada e que sobre ela haja maior rigidez, pois está a Constituição na pirâmide da legislação no país.

17:17 - Vota neste momento o ministro Marco Aurélio Mello, que questiona a tática de alguns ministros que elogiaram Ricardo Lewandowski antes de votar contra ele. Mello prometeu não elogiar o ministro revisor.

17:14 - 7x1 – Gilmar Mendes também vota contra o pedido de desmembramento feito pelo advogado Márcio Thomaz Bastos.

17:11 - Para Gilmar Mendes, o desmembramento permitiria todo tipo de adiamento e manobras nos processos se eles viessem a ser encaminhados a instâncias inferiores. Para Mendes, o positivo deste debate foi permitir discutir a questão da prerrogativa de foro.

17:10 - O ministro mato-grossense diz que está ocorrendo neste julgamento "uma desmistificação de que casos com prerrogativa de foro rimam com impunidade".

17:09 - Mendes afirma que o caso do Mensalão só chegou a julgamento por conta do modelo de prerrogativa de foro.

17:06 - É a vez do voto do ministro mato-grossense Guilmar Mendes.

17:04 - Peluso diz que viu pela televisão ontem um jóquei lendo parte do processo do Mensalão. Chegou-se à conclusão de que se ele mantivesse o mesmo ritmo, demoraria mais de um ano para ler todo o processo. Peluso usou esse dado como argumento para dizer que se o caso fosse enviado para juízes inferiores, o julgamento se arrastaria ainda muito mais tempo. 

17:03 - 6x1. O pedido de desmembramento foi indeferido por seis dos 11 ministros do Supremo. Ao votar contra o pedido, o ministro Peluso diz que é discutível o argumento de que o processo seria mais rápído se fosse remetido para um juiz de instância inferior.

16:55 - Peluso dá a entender que não aceitará pedido de desmembramento. Se tendência de seu voto se confirmar, o pedido da defesa será rejeitado e todos o 38 réus serão mesmo julgados pelo STF, conforme o planejado. 

16:50 - Se mais um dos ministros votar contra a questão de ordem, o pedido de desmembramento será indeferido. Neste momento, o voto é do ministro Cesar Peluzo, que contradiz as defesas em torno do ineditismo da apreciação da matéria, levantada por Lewandowski e Tóffoli. "Isso não corresponde à verdade dos fatos", disse ipsis verbis.

16:48 - 5x1 – A ministra Carmem Lúcia vota com o relator Joaquim Barbosa, contra a questão de ordem que pedia o desmembramento.

16:45 - Segundo apurou a reportagem nos bastidores, há informações sobre o interesse dos ministros Dias Tóffoli e Ricardo Lewandowski, o que justificaria o tempo utilizado por eles em suas sustentações orais.

16:39 - 4x1 – Tóffoli vota contra o desmembramento. 

16:34 - Dias Tóffoli lembra que o Ministério Público vem pedindo o desmembranto dos casos em que há réus com foro privilegiado e outros sem o foro e que o Supremo deliberou pelo não desmembramento.

16:28 - Agora é a vez do voto do ministro Dias Tóffoli, sobre quem recai a tese da suspeição por ter sido advogado do PT.

16:26 - Segue a votação sobre o pedido de desdobramento. Joaquim Barbosa votou contra e foi seguido pela ministra Rosa Weber e por Luiz Fux. Ricardo Lewandowski votou contra. 3x1.

16:23 - Agora é a vez do ministro Luiz Fux expor seus argumentos.

16:21 - A ministra Rosa Maria Weber diz que o debate feito entre os ministros "é uma coisa belíssima" e faz parte do julgamento, mas aponta que o desmembramento deste processo já foi objeto de análise pelo plenário. Ao votar pelo indeferimento, Weber lembrou que em duas oportunidades o plenário não acatou pedidos de desdobramento.

16:19 - "Não vou aceitar argumentos ad hominem", diz Lewandowski, em voz alta, respondendo à alegação de Joaquim Barbosa de que o colega esperou a última hora para apoiar o desmembramento. Argumentos ad hominem, são questionamentos de caráter pessoal. Lewandowski mostrou-se, portanto, pessoalmente ofendido pela intervenção do relator. Ayres Bitto joga água na fervura, pede para Barbosa terminar sua intervenção e passe a palavra à ministra Rosa Weber.

16:16 - Joaquim Barbosa diz que o que está em jogo é a credibilidade do Supremo Tribunal Federal. Em princípio de bate-boca, Lewandowski diz que não vai aceitar argumentos que não sejam baseados única e exclusivamente no direito constitucional e não em questionamentos pessoais.

16:13 - Joaquim Barbosa rebate as argumentações apresentadas por Lewandowski e questiona o por que de o revisor ter trazido a questão do desdobramento somente no dia do julgamento e não nos dois anos em que ele é revisor do processo.

16:11 - O ministro encerra a sua participação depois de uma hora e meia de argumentação. Diante de todo o exposto, ele diz que se faz necessário que apenas os três deputados, entre eles Pedro Henry, sejam julgados pelo STF. Para o ministro, o desmembramento assegurará a ampla defesa dos réus diante do que prevê a Constituição.

16:08 - O ministro levantou a tese de que os réus, diante de um juiz, terão o direito de serem olhados nos "olhos", em primeira e segunda instância, fato que não ocorre no julgamento do Mensalão.

16:05 - Um forte esquema de segurança foi montado para o "julgamento do século" no STF. Mas até o momento não foi necessário. Poucos manifestantes acampam neste momento na Praça dos Três Poderes.

16:01 - Assim como avaliou o advogado criminalista Eduardo Mahon, o desmembramento do processo é o primeiro ponto a ser discutido e tem, inclusive, acalorado os ânimos dos ministros Joaquim Barbosa e Lewandowski no primeiro dia de julgamento do Mensalão. Na avaliação do jurista, será possível fazer uma avaliação mais técnica dos próprios ministros.

15:54 - Lewandowski se encaminha para o fim de seu voto. Até aqui, ele não deu importância ao pedido de Ayres Britto para resumir sua leitura. A única concessão foi pular a leitura de artigos constitucionais. 

15:47 - Como já era previsto, o julgamento do mensalão está cansativo, mas debate o ponto de maior importância, que é caráter político do caso. Ou seja, questiona-se o direito à ampla defesa e do duplo grau de jurisdição..

15:45 - E já tem gente na audiência do STF cochilando até na primeira fila, com o longo voto de Lewandowski.

15:44 - Enquanto o ministro continua com sua análise, há a sensação de que o julgamento pode sofrer algum outro tipo de interrupção. A programação inicial foi modificada. Se passar a tese do desmembramento, haverá mudanças na forma de acusação que será feita pelo procurador geral da República, Roberto Gurgel.

15:42 - Lewandowski cita ainda o jurista Tourinho Filho, segundo o qual a Constituição não permite que os tribunais superiores tenham competência para julgar pessoas que não tenham foro privilegiado.

15:40 - Lewandowski diz que julgamento direto no STF seria "penada única" e que o Supremo também erra. Ele defende que julgamento pelos juízes de primeira instância permitiria maior direito de defesa dos réus que não têm foro privilegiado. 

15:39 - Nenhum dos réus do Mensalão se faz presente ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Comentou-se nos bastidores que o ex-deputado Roberto Jeferson pudesse comparecer, mas ele faz tratamento de um tumor maligno no pâncreas.

15:38 - Lewandowski responde rapidamente a Barbosa que hoje o pedido de desmembramento foi feito sob novos argumentos. Ele diz que o pedido de Thomaz Bastos foi diferente do feito no início do processo, por ser baseado em questões constitucionais e em tratado internacional. Para ele, o pedido em bases diferentes merece novo exame, independentemente do que foi decidido antes.

15:35 - Barbosa volta a interromper Lewandowski. O relator do processo diz que ele próprio era a favor do desmembramento no inicio do processo, mas que foi vencido em votação pelos colegas. Pede, então, que Lewandowski faça como ele e aceite o "princípio da colegialidade", aceitando a opinião da maioria. 

15:34 - Quem estava esperando o clímax de um escândalo político está tendo de se contentar com argumentos jurídicos densos que pretendem, no fundo, esvaziar o julgamento.

15:33 - Ainda em sua sustentação, o ministro revisor propõe uma nova reflexão a respeito da separação no julgamento por parte do STF de crimes praticados por agentes públicos e detentores de foro privilegiado.

15:32 - Lewandowski foi muito criticado nos últimos meses pelo tempo que demorou para revisar o processo. Hoje, já discutiu com o relator, Joaquim Barbosa, e não atendeu nem mesmo ao pedido do presidente do STF, Ayres Britto, para ser mais rápido. 

15:30 - Eram 40 acusados no Mensalão Tucano. No Mensalão petista, são 38. Para Lewandoswki, o elevado número de réus cabe para os dois julgamentos.
 
15:28 - Segundo o revisor, um dos casos mais emblemáticos de desmembramento entre réus foi o julgamento do Mensalão Tucano de 1998, relatado pelo ministro Joaquim Barbosa. No caso do mensalão tucano, apenas o então senador Eduardo Azeredo possuía foro privilegiado, que o justificou dizendo separar o joio do trigo.

15:25 - Na prática, o desmembramento permitirá aos 35 réus que não são deputados terem o direito a buscar o benefício da amplao defesa em diversas instâncias recursais.

15:23 - Se aprovada a tese do desmembramento, apenas os três réus que possuem mandato de deputado federal serão julgados. São eles os deputados Pedro Henry (PP-MT), Valdemar da Costa Neto (PL-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP), que disputará a Prefeitura de Osasco (SP).

15:22 - Ayres Britto pede que Lewandowski resuma o seu voto sobre o desmembramento, mas o colega diz que o caso é importante demais, envolve a vida e a liberdade de várias pessoas, e continua lendo seus argumentos em favor de não julgar no STF a maioria dos réus.

15:17 - A Suprema Corte é a Casa dos maiores entendedores em direito constitucional, onde são usados termos pouco comuns.
Trata-se de uma cansativa argumentação que pretende justificar o voto do revisor pelo desmembramento do julgamento, ou seja, a separação dos réus entre aqueles que têm foro privilegiado e os simples mortais.

15:14 - Já era esperado que houvesse a questão de ordem formulada por Thomaz Bastos. A forma como a Ação Penal foi formulada é apontada pela defesa dos acusados como um dos pontos vunleráveis do julgamento.

15:11 - Na avaliação do ministro revisor do Mensalão, a Ação Penal julga fatos que não possuem nenhuma ligação. Conforme os argumentos do ministro revisor, o Supremo não é adequado para réus que não possuam foro privativo, como deputados, senadores, governadores e o presidente da República.

15:08 - O ministro Lewandoswki continua a argumentar a favor da questão de ordem levantada por Márcio Thomaz Bastos e cita decisão da própria corte sobre o caso Naji Nahas.

15:05 - Lewandowski chama atenção para o artigo 79 do Código de Processo Penal, lembrando que a unidade do processo é facultativa quando as infrações tiverem sido praticadas em local e tempo diferente ou por número excessivo de acusados. 

14:58 - Lewandowski, que já esperava o pedido de Thomaz Bastos, levou um voto escrito para aceitar e defender o desmembramento. Se a tese dele for vitoriosa, quase nenhum réu vai ser julgado pelo STF, mas por tribunais inferiores.

14:56 - Lewandowski redargue a Barbosa que a discussão sobre competência e foro foi colocada com respeito pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e "deve ser levada a sério". Lewandowski defende seu ponto de vista com base na Constituição.
 
14:53 - Rivais no Supremo, Joaquim Barbosa e Lewandowski tiveram um princípio de desentendimento. Barbosa lembrou que Lewandowski já teve a oportunidade de se manifestar a favor da questão de ordem em outra oportuinidade e que a nova manifestação em favor do desmembramento configura deslealdade.

14:50 - Logo em seguida, o ministro revisor Ricardo Lewandowski, que tem sido sempre um opositor no campo das idéias de Joaquim Barbosa, manifesta-se a favor do desmembramento do julgamento, isto é, de separar réus com foro privilegiado dos demais acusados.

 14:47 - O ministro Joaquim Barbosa disse que a questão de ordem está desenganadamente reclusa.

14:44 - O ministro Joaquim Barbosa iniciou a leitura do resumo da Ação Penal 470.

14:42 - O procurador Roberto Gurgel manifestou-se pelo indeferimento da questão de ordem apresentrada por Thomaz Bastos.

14:38 - Como esperado, Márcio Thomaz Bastos faz uma questão de ordem pedindo o desmembramento do processo. Ele quer que os réus que não tinham ou têm foro privilegiado não sejam julgados pelo STF, mas por tribunais inferiores. 

14:36 - O ex-ministro da justiça questiona a impossibilidade de estender a competência a réus que não possuem foro privilegiado.

14:34 - O advogado Márcio Thomaz Bastos pediu a palavra e averbou questão de ordem averbando a incompetência do Supremo de julgar réus comuns.

14:32 - Neste momento, o presidente do Supremo continua lendo os nomes dos 38 réus do maior escândalo da história política brasileira.

14:31 - O ministro aplica para julgamento a Ação Penal 470 que tem como relator o ministro Joaquim Barbosa e o ministro Ricardo Lewandowski como revisor.

14: 29 - O presidente do STF, Carlos Ayres Brito, declarou aprovada a ata de abertura da sessão.

14:27 - O presidente do Supremo, Carlos Ayres Brito, abre a sessão pedindo para ser lida a ata da sessão anterior. É o procedimento. Foi aprovada a ata. 

14:26 - Começa a sessão.  

14:23 - Especula-se que será feita uma questão de ordem que pode adiar o início do julgamento. O pedido pode ser feito tanto por ministros quanto pelos advogados dos 38 acusados. Pedidos de desmembramento do processo ou de suspeição contra Tóffoli são prováveis. 

14:20 - A Justiça tarda no STF. O julgamento está acontecendo sete anos depois do estouro do escândalo do Mensalão. E, agora, a sessão já está 20 minutos atrasada. Mas esses atrasos de sessões são comuns, nada extraordinário até agora. 

14:16 - Um batalhão de jornalistas de todo o país está a postos em frente ao Supremo para a cobertura do julgamento.

14h11 - Lembrando que Tóffoli está na berlinda porque foi advogado de José Dirceu, o principal réu, e tem ligações históricas com o PT, tendo sido advogado geral da União no governo Lula. Como ele não deve pedir o afastamento do caso, a Procuradoria da República pode pedir a sua suspeição

14h10 - Alguns dos principais personagens do dia estão chegando ao Supremo. O presidente da OAB, Ophir Cavalcanti, disse com exclusividade ao Olhar Jurídico que o impedimento do ministro Dias Tóffoli, a pedido da defesa dos acusados e do procurador Roberto Gurgel é uma possibilidade que não pode ser descartada.

14:08 - O Olhar Jurídico e o Olhar Direto estão credenciados pelo STF para comanhar os bastidores do julgamento.

14:05 - Os réus não precisam aparecer no Supremo, então os principais atores nestes dias serão o Procurador Geral Da República, Roberto Gurgel, os juízes do Supremo e um time milionário de advogados, capitaneado pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos.  

13:59 - Antes do início do julgamento, é bom relembrar extaamente o que está sendo avaliado pelos ministros. Esta lista mostra quais são os crimes a que cada réu do Mensalão responde. 

13:57 - Boa tarde internautas. Começa neste momento a cobertura exclusiva do Olhar Jurídico do julgamento do Mensalão.

Atualizada em 3.8.12 às 09h12
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