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Sábado, 20 de abril de 2024

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sobre a última palavra

Pedro Taques considera PEC 33 um absurdo jurídico: "Espero que nem chegue ao Senado"

Foto: Olhar Direto / UOL

Para senador, proposta é um absurdo jurídico

Para senador, proposta é um absurdo jurídico

O senador Pedro Taques (PDT-MT) classifica como uma excrescência a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 33) que submete ao Congresso Nacional as decisões do Judiciário sobre a constitucionalidade de leis. Segundo o senador, é preocupante o fato de a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal já ter se manifestado sobre a admissibilidade da proposta.

“Ao que parece, a Câmara dá a matéria como constitucional, quando é um absurdo. Essa PEC 33 é uma excrescência. É um absurdo jurídico”, disparou ao avaliar o tema em entrevista ao Olhar Jurídico.

Ministro Gilmar Mendes diz que PEC que tira "última palavra" do Supremo é inconstitucional

Se convertida em Emenda Constitucional, a PEC retirará virtualmente do Supremo Tribunal Federal (STF) o poder de dar a última palavra sobre a Constituição, submetendo decisões que apontem a inconstitucionalidade de leis inclusive ao crivo popular em caso de o Legislativo resolver divergir da Corte.

Projeto que dificulta criação de partidos prejudica senadores, diz Taques após visita a Mendes

“Não há nenhuma dúvida, ela é inconstitucional do começo ao fim, de Deus ao último constituinte que assinou a Constituição. Eles rasgaram a Constituição. Se um dia essa emenda vier a ser aprovada, é melhor que se feche o Supremo”, afirmou o ministro Gilmar Mendes quando soube da aprovação do texto na CCJ.

Aliás, a PEC 33 foi um dos motivos que levou um grupo de senadores a visitar o ministro Gilmar Mendes para agradecer ao magistrado pela liminar concedida a mandado de segurança impetrado pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) suspendendo a tramitação, no Senado, de proposta do governo que dificulta a criação de novos partidos políticos.

A liminar foi entendida pela base governista como uma retaliação por parte do Supremo à PEC 33. Após a polêmica, os presidentes da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), garantiram a Mendes que a proposta não mais tramitará.

“Eu espero que a PEC não passe na Câmara, para que nem chegue ao Senado”, concluiu Pedro Taques.
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