O desembargador Federal Mário César Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), responsável por julgar o pedido de Habeas Corpus, do ex-secretário de Fazenda e da Casa Civil, Eder Moraes, já recebeu as informações sobre o processo que tramita na 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso. Eder está preso desde 20 de maio após a 5ª fase da Operação Ararath, no Centro de Custódia do Complexo da Papuda, em Brasília. Há perspectiva de que ele seja votado ainda nessa semana.
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Eder Moraes, sua esposa Laura Tereza da Costa Dias, o ex-secretário adjunto do Tesouro Estadual Vivaldo Lopes e o superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por crimes de lavagem de dinheiro e agiotagem no mais alto escalão de Mato Grosso e desde o dia 7 de julho aguarda decisão do pedido. Inicialmente o pedido foi destinado ao desembargador Ítalo Mendes, que se julgou suspeito para dar prosseguimento a análise.
Entre todos os recursos feitos pela defesa, apenas um foi acatado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que concedeu a liberdade ao ex-secretário extraordinário da Copa em Cuiabá no final do mês de maio. Éder chegou a ficar livre por algumas horas, mas acabou sendo novamente detido pela Polícia Federal pois possui mandado de prisão em aberto pela 5ª Vara.
Durante audiência criminal realizada no dia 3 de julho, a defesa de Eder solicitou novo pedido de revogação da prisão na 5ª Vara Federal, mas o pedido foi negado.
Em continuidade ao processo, nos próximos dias 24 e 25 de julho e 1º de agosto, Eder estará em Mato Grosso para acompanhar as audiências em Cuiabá.
Eder foi denunciado pelo empresário Gércio Mendonça (o Júnior Mendonça) como sendo o principal articulador de um esquema de operações ilegais de empréstimos tendo como principal ensejo alimentar o “ sistema” – composto por políticos do Estado.