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Mensalão: Acompanhe minuto a minuto as últimas defesas

Da Redação – Rodivaldo Ribeiro e Julia Munhoz / De Brasília – Vinícius Tavares

O julgamento do Mensalão teve mais um dia dedicado às defesas nesta sexta-feira (10). O Supremo Tribunal Federal (STF) já ouviu metade das sustentações orais dos defensores dos 38 réus e começou a etapa final das defesas, prevista para terminar na quarta-feira (15).

Hoje foram defendidos os dois últimos réus ligados ao PP: Breno Fischberg, sócio-proprietário da corretora Bônus-Banval, e Carlos Alberto Quaglia, dono da Natimar. Este último, argentino, foi representado por um defensor público e responsável pelo momento mais curioso do julgamento. De acordo com seu advogado, ele é um homem humilde, sempre viveu num bairro classe-média em Santa Catarina e teve um pedido de LOAS (auxílio concedido pela previdência a quem não consegue se sustentar e já tem idade de aposentadoria).

Quaglia, que tem 67 anos, também foi abandonado ao longo do processo contra ele por dois advogados. Nada a ver, disse o defensor público, com a forma como foi descrito pela Procuradoria Geral da República, como um dos responsáveis, junto com Breno Fischberg, por ser o elo – via empresas – pela sistematização e lavagem de dinheiro para o partido. Seus advogados negaram veementemente as acusações.

Depois deles foi a vez das defesas do núcleo do PL (hoje PR). Os advogados falaram em nome do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), presidente do partido quando o mensalão veio à tona (2006), e foi reeleito deputado em 2010. Costa Neto ainda é o secretário-geral do PR. Também serão julgados os irmãos Jacinto e Antônio Lamas. 

ACOMPANHE ABAIXO A COBERTURA EM TEMPO REAL

18:59 - O ministro Ayres Britto consulta o plenário e os demais ministros concordam em encerrar a sessão, prometendo voltar na segunda-feira, no horário habitual, teoricamente às 14h.

18:59 - E com apenas 30 minutos de sustentação oral, chega ao fim o último advogado do dia, pedindo, claro, a absolvição de seu cliente, no quinto dia destinado às defesas e no sétimo dia de julgamento do Mensalão.

18:58 - O funcionário de Valdemar da Costa Neto foi demitido e continua desempregado até hoje, lembra advogado. A defesa critica a PGR pelo "guisado malfeito", pela ausência de provas e pela mistura de acusações e réus na mesma ação penal que inclui acusados com e sem foro privilegiado.

18:56 - E demonstra curiosidade com o fato de o presidente não ter sido denunciado. "Neste Brasil, o pau só quebra nas costas do pequeno", dispara o advogado no STF

18:54 - Diz que seu cliente só foi denunciado por conta do sobrenome. "E os jornais e mídia em geral viviam falando Ali Babá e os 40 ladrões. É o que? Culpa do sobrenome? Jacinto Lamas no pé, Antõnio Lamas na mão. Um sobrenome midiático, sugestivo ".

18:52 - O advogado mostra que houve um exagero contra Antônio Lamas, pois outras pessoas não denunciadas e com a mesma conduta de seu cliente

18:50 - Ele questiona a PGR por ter classificado a conduta de Antônio Lamas, de se identificar e resgatar dinheiro, como habitual.

18:47 - O advogado de Antônio Lamas lamenta que seu cliente foi denunciado por ter iso uma única vez ao Banco Rural para buscar recursos ao seu chefe, o deputado Valdemar da Costa Neto.

18:44 - A defesa de Antônio Lamas lembra que a Ação Penal 470 foi classificada por Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça e defensor de um dos acusados de ser mensaleiro, de "guisado" confuso e irresponsável.

18:42 - Começa a sustentação oral de Antônio de Pádua de Souza Lamas, que responde pelos mesmos crimes de Jacinto Lamas.

18:40 - Após 40 minutos de sustentação, o advogado cita o padre Antonio Vieira: "não pedirei pedindo, pedirei protestando e argumentando", agradece a todos e reafirma sua convicção na absolvição de seu cliente. "A verdade aqui é separar mensaleiros de mensageiros". E o cliente dele é um mero mensageiro.

18:39 - O advogado diz que tem convicção de que Jacinto Lamas vai olhar nos olhoss dos ministros e dos repórteres "ávidos por notícia" que ele foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal.

18:36 - Sobre lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro nacional, o advogado sustenta que seu cliente não tinha consciência deste crime.

18:33 - O advogado questiona a ausência de critério do Ministério Público. E diz que é mais fácil duvidar que o ex-presidente Lula não soubesse de nada, do que seu cliente, um reles "subalterno".

18:31 - O advogado lembra que muitos auxiliares de parlamentares apontados na denúncia nunca foram responsabilizados, como Jacinto está sendo.

 18:30 - "Quem em sã consciência recebe propina e assina recibo, senhores ministros?", refuta provas Lins e Silva.

18:29 - Délio Lins e Silva lê depoimentos de Jacinto Lamas que comprovam que Valdemar da Costa Neto era o único beneficiário do suposto esquema. "Jacinto Lamas não recebeu um tostão furado", frisou.

18:26 - O deputado Valdemar da Costa Neto controlava desde a compra de uma caneta até as votações em A mais B. "E Jacinto era um zero à esquerda". Jacinto era mero mensageiro, nas palavras do advogado, e não sabia das origens destes valores e do seu destino.

18:24 - O advogado afirma categoricamente que seu cliente apenas emprestava assinatura ao deputado Costa Neto, que comandava tudo no partido, inclusive as finanças. Jacinto Lamas era tesoureiro só no papel, sustenta.

18:22 - Délio Lins e Silva lê uma série de documentos que comprovam as ocupaçõpes de Jacinto, mas reitera que o seu cliente
não participava de tratativas políticas, que ele não possui poder político para indicar a cargos públicos nem influenciar votações.

18:21 - A função de Jacinto era voltada à propaganda partidária.

18:20 - O funcionário era responsável por uma série de atividades ligadas ao Partido Liberal, sustenta o advogado.

18:18 - Volta a garantir que seu cliente só movimentou dinheiro a mando do seu chefe, o deputado Costa Neto e que era pessoa de confiança dele. "É fundador do PP, mas isso não é crime", sustenta

18:16 - Garante o advogado que o empresário Marcos Valério descarta a participação de seu cliente nesse contrato.

18:14 - A segunda premissa fática trata do contrato da empresa Guaranhuns e a empresa SPM&B, que segundo a PGR teria ficado sob a responsabilidade de Jacinto.

18:13 - Afirma também que os saques e movimentações financeiras foram feitas a mando de seu chefe, o deputado Costa Neto. Contesta, segundo ele, reportagem da revista Istoé, que teria dito que seu cliente tem uma mansão e bens incompatíveis com seus ganhos. O advogado afirma que os bens de Jacinto são sim compatíveis com renda obtida pelo trabalho e pela herança recebida em família.

18:11 - O advogado tenta afastar as acusações de crimes de formação de quadrilha, corrupção
passiva e lavagem de dinheiro.

18:09 - Jacinto é acusado, lembra o advogado, de 44 lavagens de dinheiro, sendo 33 da empresa Garanhuns e sete do Banco Rural. O defensor chama a quantidade de lavagens de absurda, diz que os saques foram feitos, mas sem que seu cliente sequer imaginasse para que sentido e sem imaginar a ilicitude do que foi feito.

18:07 - Ele pede que os ministros partam da premissa de que José Dirceu era o mentor do Mensalão. Que Marcos Valério foi operador e que partidos se envolveram, mas que os ministros se convençam de que os tipos penais contra Jacinto Lamas não se sustentam.

18:06 - Se o Mensalão existiu, dele Jacinto Lamas não participou, garante o defensor.

18:03 - O advogado lembra que há sete anos Jacinto Lamas vem cumprindo sua pena após ter sido julgado pela mídia. Também disse estar ciente do cansaço de todos e que não vai utilizar sua hora cheia porque não precisa, pois vai ater-se simplesmente ao fato e à inexistência de provas.

18:01 - Quem fala agora é o advogado Délio Lins e Silva, que defende Jacinto de Souza Lamas.

17:59 - RISOS NO PLENÁRIO. O ministro Ayres Britto se enganou ao dizer que o advogado teria um minuto para fazer a defesa. O advogado pede por favor para ter uma hora. Ayres Britto reconhece o erro, faz um gracejo e concede a ele o tempo devido, de 60 minutos.

17:58 - Os ministros retomam o julgamento do mensalão após uma pausa de 45 minutos. 

17:54 - Uma das situações mais curiosas do julgamento até agora aconteceu hoje. Um réu do Mensalão foi abandonado pelos advogados por falta de dinheiro para pagar os honorários. Carlos Alberto Quaglia é dono da Bôns Banval, uma das empresas apontadas pela Procuradoria Geral da República como utilizada para lavar recursos ilícitos recebidos pelo Partido Progressista (PP). Ele foi representado por um defensor público. 

17:29 - Centralizamos em uma matéria a defesa de um dos principais políticos acusados no caso do Mensalão: Advogado lembra absolvição de Caso Collor e pede que Costa Neto seja inocentado

17:18 - O intervalo da sessão terá 30 minutos. É o tempo que os ministros têm para descansar, ir ao toilete, fazer um lanche e se preparar para mais duas horas de sustentação oral.

17:15 - Nenhum manifestante em frente ao Supremo Tribunal Federal. Apenas faixas sobre a greve dos servidores federais estão em grades que fazem o isolamento ao público. O número de jornalistas é reduzido no prédio do STF. Movimento tranquilo no trânsito da capital. O ministro Ayres Britto anuncia a suspensão da sessão por meia hora.

17:13 - O advogado finaliza sua sustentação oral dizendo que não haveria condições de condenar Valdemar da Costa Neto porque o acordo que ele fez teve cunho político e eleitoral.

17:12 - Está fechando quase uma hora da sustentação oral do advogado de Valdemar da Costa Neto. O presidente do STF deve pedir a suspensão temporária dos trabalhos por 30 minutos

17:11 - "Que quadrilha é essa que não se conhece, que não se comunica e que pratica um único crime? Um único e suposto crime?", afirma o advogado na parte final de sua sustentação.

17:09 - O advogado critica o MPF pela imputação de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

17:06 - "Nesse caso específico, voltando à questão de Valdemar da Costa Neto, não se demonstrou que aqueles valores foram pagos como causa determinante no exercício do cargo de deputado federal", argumenta o advogado.

17:03 - E volta a citar o caso Collor, quando o MPF fez, segundo ele, uma acusação genérica para facilitar a sua prova.

17:00 - Ele critica o procurador por não ter levado em consideração o fato de o PL já estar integrando o governo na época das denúncias de pagamento de Mensalão.

16:58 - Há uma questão que deve ser lembrada. O PL já fazia parte do governo. Já integrava a coligação. E o comportamento normal era que votasse alinhado com o governo, sustenta

16:56 - E aponta fragilidade na acusação de Roberto Gurgel com base na não-existência de um ato de ofício.

16:54 - Um acordo político para campanha política é diferente de um acordo para votar com o governo, sustenta o advogado.

16:52 - O que importa, na opinião de Bessa, é que efetivamente a própria testemunha arrolada pelo MPF confirma que houve este vínculo financeiro para os pagamentos da campanha do PL.

16:50 - Ele justifica o empréstimo feito por Delúbio Soares, do PT, para repassar recursos ao PL.

16:48 - E lembra Bessa, com base na entrevista de Alencar, que três quartos dos recursos para campanha política ficavam com o PT e outros recursos ficavam com os outros partidos da base.

16:46 - Ele cita entrevista dada por José Alencar ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em que confirma reuniões entre lideres do PT e dos partidos da base

16:44 - Ao tentar justificar a existência do Mensalão, o advogado sustenta que a aliança PT e PL enfrentava dificuldades por haver diferenças ideológicas.

16:42 - A tese do advogado cita a ação penal 307, que julgou o ex-presidente Fernando Collor de Mello e outros réus. Collor era acusado de corrupção passiva ao receber propina de PC Farias. Mas o STF julgou que houve falta de provas na acusação da PGR. Mesma situação que o advogado tenta comprovar.

16:39 - ANÁLISE: Os questionamentos feitos pelos ministros durante a defesa dos réus surgiram como a grande novidade nesta fase de julgamento do Mensalão. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB-MT), Claudio Stábile, considera a interação um grande avanço para o Judiciário brasileiro. “É uma forma de esclarecer melhor as dúvidas dos ministros. É a evolução da Justiça no Brasil”.

16:37 - Ele fala de bilateralidade e diz que deveria ser explicitada na denúncia uma conduta entre o corrupto e o corruptor.

16:35 - "Não se exigia o ato de ofício, bastava o nexo causal entre a vantagem recebida e a função pública exercida, no entender do ministro Sepúlveda Pertence", lembra Bessa.

16:33 - A defesa de Valdemar da Costa Neto entende que esta é a principal questão, a falta de provas, para definr os crimes de corrupção ativa e passiva.

16:31 - O advogado volta a citar a PGR quando levantou o precedente usado na Ação Penal 307, que puniu o ex-presidnete da República Fernando Collor de Mello.

16:29 - Ávila Bessa afirma que não há ato de ofício praticado por Valdemar da Costa Neto na denúncia apresentada por Gurgel.

16:27 - RISOS NO PLENÁRIO: O advogado trata da acusação por corrupção. E lembra do Caso Collor, que exige um ato de ofício a ser praticado. O advogado Bessa faz um exercício retórico e leva o presidente Ayres Britto a perguntar se ele vai apresentar alguma questão de ordem devido a esse ato de ofício. "Não senhores, é só uma questão retórica, fiquem tranquilos, não vou sustentar nenhuma questão de ordem". Risadas..

16:26 - O próximo a ser defendido é o deputado federal Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PR. O responsável é o advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa .

16:25 - Chega ao fim a segunda sustentação oral do dia, do réu Carlos Alberto Quaglia, feita por um defensor público.

16:24 - "Quais os ganhos auferidos por Quaglia para pedir o Loas?", questiona Córdoba, que acredita ser seu defendido uma pessoa de origem humilde.

16:23 - Defender um inocente é muito mais difícil do que um culpado, considera o advogado. Ele acrescenta que o réu tem 67 anos de idade e pede o benefício de prestação continuada, o LOAS, benefício pago pela previdência social no valor de um salário mínimo. E o valor não é pago porque o réu é argentino. Afirma que Quaglia é de origem humilde, morador de um bairro pobre, há muitos anos, e que não tem bens que justifiquem envolvimento em lavagem de dinheiro.

16:22 - Ele afirma que o procurador geral da República não destinou um segundo sequer ao Carlos Alberto Quaglia durante as cinco horas de acusação feitas na última sexta-feira dia 3 de agosto.

16:20 - A existência de crime de quadrilha pressupõe a existência de lavagem de dinheiro, o que não ocorreu, sustenta Córdoba.

16:18 - O advogado afasta a possibilidade de crime de quadrilha, de lavagem de dinheiro e corrupção passoiva.

16:14 - Voltando a falar em estratégia, fica claro que a defesa dos advogados tenta classificar a Ação Penal 470 como uma peça de acusação repleta de fragilidades e de cunho político. Mas cabe aos ministros do STF decidir.

16:11 - O defensor público sustenta que o MP Federal não conseguiu comprovar as denúncias nas instâncias adequadas.

16:09 - "O senhor Quaglia deixa claro em depoimento na PF que para poder operar sua empresa na BM&F e Bovespa era condicionante estar cadastrado em sua corretora", conta o advogado. Ou seja, a Natimar é apenas uma das empresas ligadas àquela corretora. E apenas 6% dos recursos ao PP passaram pelas contas da Natimar

16:07 - Córdoba lembra de depoimento de Pedro Henry e de outros parlamentares afirmando nunca terem ouvido falar do senhor Carlos Alberto Quaglia, defendido por ele.

16:05 - Ele valoriza a postura de seu cliente, que sempre apresentou rigorosamente a sua primeira versão em todos os depoimentos e o "absoluto desconhecimento" de saques e repasses indevidos ao Mensalão.

16:03 - Segundo o advogado, o Ministério Público trouxe elemento novo: o depoimento do deputado Gustavo Fruet sobre o suposto envolvimento de Quaglia na denúncia de lavagem de dinheiro.

16:00 - ANÁLISE: No ponto de vista do corregedor da Procuradoria Geral de Mato Grosso, José Victor Gargaglione, os questionamentos dos ministros aos advogados durante as sustentações das defesas marcam uma nova era. “Acho fantástico os ministros da mais alta Corte estabelecerem, no meio do julgamento, questionamentos aos advogados”.

15:58 - Ele defende o desmembramento do processo, pois seu cliente está sendo acusado no STF por apenas 6% das provas e sustenta que o réu terá que se defender em outras instâncias sobre o mesmo fato.

15:55 - O advogado público mantém a estratégia de tentar comprovar a não participação de seu cliente em qualquer esquema ilícito.

15:54 - O advogado contesta a acusação de que Quaglia seria responsável supostamente pela distribuição de valores aos reais destinatários do Mensalão.

15:53 - O advogado passa então ao mérito da defesa de Quaglia. E pede a absolvição da acusação de lavagem de dinheiro.

15:51 - O problema envolvendo a falta de testeminhas será resolvida a posteriori pelos ministros.

15:48 - Ele argumenta que as testemunhas de Quaglia não foram ouvidas. O ministro Celso de Mello acredita que houve falha na comunicação e que o réu ficou impedido de colher de suas testemunhas informações que poderiam lhe beneficiar.

15:45 - O prejuízo específico seria a falta de acompanhamento processual de um advogado para ouvir as testemunhas de defesa de Quaglia.

15:44 - A nulidade foi pedida pelo advogado público pelo fato de o senhor João Carlos Quaglia ter ficado sem advogado. Ele clama por prejuízo específico.

15:43 - A defensoria pública requer o acolhimento da nulidade absoluta e a "marcha ré" no processo contra seu cliente. 

15:42 - Temos uma defesa inegavelmente cerceada na Ação Penal 470, alega o advogado, em razão da falta de testemunhas cruciais para o seu cliente.

15:40 - E critica as quatro testemunhas arroladas no processo, duas no Brasil e duas na Argentina. E diz que a acusação se baseia única e exclusivamente nos depoimentos. Não há, portanto, materialidade de prova.

15:39 - O advogado que defende o argentino compara`a situação da falha processual a de um boxer, na figura de um representante do MP, que ataca, e de outro lado um réu amarrado, que neste caso é seu cliente.

15:37 - Embora por razões distintas, o que sempre marca as defesas dos réus do Mensalão é a tentativa de desqualificar as acusações feitas por Roberto Gurgel.

15:35 - Córdoba cita a nulidade da Ação Penal 470.

15:34 - Ele afirma que não possui a menor preocupação com a pressão da opinião pública e da imprensa aos ministros e que seu cliente será absolvido.

15:31 - Córdoba, após longo cumprimento aos ministros e ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fala que é defensor oriundo da Advocacia Pública.

15:29 - O segundo a falar nesta sexta-feira de sol em Brasília é o advogado Haman Córdoba, representante do sócio da Bònus Banval João Carlos Quaglia. 

15:28 - E diz que confia num julgamento técnico, mas também pautado no direito, baseado na dignidade da pessoa humana.

15:26 - Ele apresenta duas razões fundamentais para acreditar na absolvição de seu cliente: a primeira delas é porque ele afirma conhecer a história de julgamento da suprema corte.

15:24 - Embora ele tenha quase uma hora de sustentação, ele usa todo o tempo disponível para suas argumentações. Chega a ser repetitiva a sustentação oral do nobre advogado ao mostrar que o STF será injusto se punir o seu cliente.

15:22 - Não há comportamento sub humano de seu cliente, afirma o advogado. Isso seria coisa de mensaleiro e Breno Fischer não tem postura de mensaleiro.

15:19 - Guilherme Moraes chega ao elemento central de sua defesa. E critica a falta de elementos centrais da acusação.

15:15 - O foco da sustentação oral do advogado é a tentativa de convencer os juízes da mais alta corte de que Breno Fischberg não fazia parte de nenhuma quadrilha.

15:13 - Advogado sustenta ainda que Breno não tem qualquer vínculo com os saques feitos por seus clientes no Banco Rural. Não há elementos de tipicidade, continua ele.

15:10 - Ele questiona a inexistência de um crime antecedente de Breno Fischberg na acusação feita pelo procurador geral da República.

15:08 - "Como poderia Breno, que não conhecia Valério e não tinha vínculo político, desconfiar que aqueles recursos serviviram para o Mensalão?", pergunta seu defensor.

15:05 - O advogado porgunta ao pleno se a postura correta de seu cliente é a postura de um acusado de participar do esquema.

15:04 - Ele cita ensinamentos do ministro Celso de Mello, decano do Supremo, segundo o qual os princípios democráticos repelem qualquer ato estatal que puna por apenas presunção de culpabilidade.

15:01 - Moraes critica a falta de elementos para a condenação. E condiciona a condenação de réus do mensalão (ação penal 470)  à suposta colocação do direito brasileiro em risco.

14:59 - O documento levado aos ministros pela defesa é um Habeas Corpus que comprova toda argumentação apresentada em favor do cliente.

14:58 - Céu claro em Brasília, mais um dia de sol, temperatura amena e baixa umidade do ar. Neste momento, faz 25 graus na capital federal.

14:57 - O advogado insiste em tirar seu cliente do foco da denúncia, colocando-o como vítima de uma suposta confusão em relação ao vínculo de Breno e Valério, já que a denúncia fala de recursos da Bônus Banval irrigando o Mensalão.

14:55 - "Sob o fogo cruzado do contraditório, não há uma única prova colhida contra Breno Fischberg". Não dá mesmo para vincular a questão (ligação com Marcos Valério) a nenhum dos sócios da Bonus Banval, continua o advogado.

14:52 - O advogado esclarece que fez chegar aos ministros depoimentos de funcionários de Marcos Valério que comprovam não haver ligação com Breno Fischberg.

14:50 - Para Guilherme Moraes, há um erro de percepção e um vício lógico na argumentação da denúncia.

14:47 - "Como advogado, como defesa, não posso vir aqui e abrir a minha boca para falar sobre o que eu acho, tenho que narrar fatos". De acordo com Moraes, foi o que fez Marcos Valério, ao dizer que não conhece Breno Fischberg, que teria o visto apenas uma única vez.

14:45 - A denúncia afirma que as empresas das quais Fischberg é sócio, sustenta o advogado, foram acusadas de repassar dinheiro para o PT e partidos da base. Mas o advogado afirma que não há provas quanto a isso.

14:43 - A argumentação contida nas considerações finais, de forma inteligente, afirma o advogado, não são eficazes e válidas para o caso de Fischberg a partir da análise dos autos, sustenta Moraes.

14:42 - Guilherme Alfredo de Moraes argumenta que há problema de lógica jurídica da Ação Penal 470 apresentada pela PGR. Ele afirma que a acusação apresenta divergência quando do oferecimento da denúncia.

14:40 - E apos sete anos ele terá, segundo o advogado, sua chance de provar que ele é inocente.

14:37  - O advogado afirma que o seu cliente teve sua vida pessoal aniquilada, que seu rosto foi estampado nos jornais e que foi classificado como Mensaleiro. E que foi envolvido no escândalo por uma série de equívocos.

14:36 - O advogado Guilherme Alfredo de Moraes começa neste momento a sustentação oral do dono da empresa Bônus Banval, Breno Fischberg.

14:34 - O ministro Marco Aurélio Mello enviou ofício informando que hoje não compareceria à sessão por ter outros compromissos já agendados. Mello também pediu em documento cópia das sustentações orais feitas pelos advogados de defesa.

14:33 - O presidente, ministro Ayres Britto, pede a leitura da ata da sessão de ontem. Ele consulta o plenário, ninguém se opõe, é declarada aberta a sessão.

14:32 - Com 32 minutos de atraso, os ministros do STF adentram o plenário.

14:29 - Os irmãos Lamas são acusados dos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia, eles também receberam dinheiro captado por Marcos Valério para compra de apoio do então PL em votações do governo na Câmara Federal.

14:28 - O atraso no início da sessão deve chegar a meia hora. A previsão, dada pelo próprio presidente do STF, ministro Ayres Britto, era de início às 14 horas.

14:25 - Também serão ouvidas as defesas dos irmãos Jacinto de Souza Lamas e Antônio de Pádua de Souza Lamas, então ambos funcionários do extinto PL.

14:23 - Então líder do PL (que se tornou PR após se fundir com o Prona), Valdemar teria sido beneficiado com dinheiro desviado pela quadrilha de Marcos Valério.

14:22 - Costa Neto é denunciado pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

14:21 - O deputado federal paulista Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PR, será o terceiro na ordem de defesa.

14:20 - Também será feita a defesa de João Carlos Quaglia, dono da Natimar, que também responde pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

14:19 - Ainda segundo a denúncia, o grupo vinha desvinculando os recursos recebidos pela prática de crime de corrupção passiva da origem criminosa, organizando-se, de modo estável, em quadrilha, com aqueles réus

14:18 - Breno Fischberg e Enivaldo Quadrado, que apresentou sua defesa ontem, são donos da empresa Bônus Banval, que são responsáveis, segundo a denúncia, de lavagem de dinheiro para o PP de Pedro Henry.

14:17 - O início da sessão segue atrasado.

14:16 - O primeiro a ser defendido hoje é Breno Fischberg, que é acusado dos crimes de formação de quadrilha e
lavagem de dinheiro.

14: 13 - De acordo com o calendário organizado pelo STF para as defesas, hoje serão feitas as sustentações orais de mais cinco réus na Ação Penal 470 que julga 38 pessoas apontadas como participantes do esquema chamado de Mensalão.

14:10 - O Olhar Jurídico chega ao sétimo dia de cobertura em tempo real do julgamento direto do STF.  

14:03 - A exemplo dos outros dias, a sessão do STF está atrasada.

13:57 - Boa tarde, internautas, começa aqui mais uma cobertura em tempo real do julgamento do mensalão no STF.
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