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Menor aprendiz que era chamado de “Tizil” e “Cirilo” na empresa onde trabalhava receberá indenização de R$10 mil

Da Redação - Lázaro Thor Borges

Um menor aprendiz que sofria ofensas racistas na empresa onde trabalhava receberá R$10 mil por danos morais. A decisão é da juíza Cláudia Servilha, da Vara do Trabalho de Nova Mutum que julgou a ação movida juíza Cláudia Servilha, da Vara do Trabalho de Nova Mutum

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O menor era chamado de “Cirilo”, famoso personagem de novela infantil; e de “Tizil”, boneco negro de um programa humorístico da TV Diário, no Ceará. Em sua defesa, a empresa alegou que os apelidos eram uma “forma carinhosa” de tratamento ao empregado e que o menor nunca questionou o modo de tratamento.

Além desses dois nomes, o jovem também afirmou que era chamado de “preto lazarento” e “nego do cabelo ruim”. Uma das testemunhas ouvidas pela juíza disse ter presenciado o proprietário do estabelecimento ter se referido a ele como “preto desgraçado”.

Ainda segundo esta mesma testemunha, as ofensas ocorriam rotineiramente, inclusive na frente de outros empregados e na frente dos clientes da empresa.

A juíza também determinou que o Ministério Público Estadual fosse oficializado com cópia do processo para tomar as medidas que entender cabíveis, tendo em vista que o prazo para apresentação da queixa-crime pelos representantes do menor terminou. Apesar disso, a magistrada alertou que o menor também pode apresentar a queixa pessoalmente depois de completar 18 anos.
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